Dispararam os apagões em Cuba após a desconexão da termoelétrica Antonio Guiteras

A desconexão da Guiteras se soma a falhas em outras usinas que causam um déficit de mais de 1700 MW. Na segunda-feira, o serviço foi afetado durante todo o dia.

Termoelétrica Antonio Guiteras de MatanzasFoto © Facebook / Cte Antonio Guiteras

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Os apagões em Cuba aumentaram após a última desconexão da usina termoelétrica Antonio Guiteras do Sistema Eletroenergético Nacional (SEN) devido a uma falha.

Se na segunda-feira, o déficit previsto pela União Elétrica (UNE) era de 1.545 MW, para esta terça-feira a cifra sobe para 1.714 MW no horário de pico.

No dia anterior, o serviço foi afetado durante 24 horas e permaneceu assim durante toda a madrugada de hoje. A maior afetación foi de 1536 MW às 18h10.

De acordo com a parte da UNE, às 7:00 da manhã desta terça-feira, havia 871 MW afetados. Para o meio-dia, estima-se que chegue a 1300 MW.

A La Guiteras não é a única termoelétrica avariada. Também há problemas em três blocos das usinas Santa Cruz, Nuevitas e Felton. Além disso, cinco unidades das CTE Santa Cruz, Cienfuegos, Felton e Renté estão em manutenção.

Por outro lado, existem limitações na geração térmica da ordem de 151 MW.

Além disso, 58 centrais de geração distribuída e quatro motores na Patana de Regla estão fora de serviço devido à falta de combustível, totalizando 376 MW afetados por esta causa.

"Com essa previsão, estima-se para o horário de pico uma disponibilidade de 1706 MW e uma demanda máxima de 3350 MW, resultando em um déficit de 1644 MW. Portanto, caso as condições previstas se mantenham, prevê-se uma afetación de 1714 MW nesse horário", detalha a nota.

La Guiteras, a central mais grande e importante de Cuba, desconectou-se novamente do sistema na segunda-feira, após apenas 24 horas de conexão. A saída ocorreu às 19h39 e a causa foi um vazamento na caldeira, uma de suas avarias mais frequentes.

Rubén Campos Olmos, diretor geral da planta, revelou que o bloco estaria em condições de se sincronizar com o SEN na próxima sexta-feira, se a avaria não for grave.

"Em caso de não ser uma ruptura maior nas paredes de água [da caldeira], poderia ser estimada preliminarmente a possibilidade de reintegração durante o horário de máxima demanda de sexta-feira", precisou.

Campos Olmos disse que, após detectar a falha, procedeu-se ao resfriamento da caldeira para inspecioná-la e realizar o reparo. Ele acrescentou que serão realizadas outras tarefas corretivas com o apoio de brigadas da Empresa de Manutenção a Centrais Elétricas.

A central termoelétrica matancera havia sincronizado o SEN no domingo às 16h48, após ter deixado de operar naquela mesma manhã devido a uma falha na alimentação do controle em uma subestação próxima.

Perguntas frequentes sobre os apagões em Cuba e a termoelétrica Antonio Guiteras

Por que os apagões em Cuba aumentaram?

Os apagões em Cuba dispararam devido à desconexão da termelétrica Antonio Guiteras, que é a central mais grande e importante do país. A desconexão ocorreu devido a uma avaria na caldeira, o que causou um déficit significativo na capacidade de geração elétrica, afetando o fornecimento em todo o país.

Qual é o impacto da desconexão da CTE Antonio Guiteras no sistema elétrico de Cuba?

A desconexão da CTE Antonio Guiteras causou um déficit de geração elétrica de até 1714 MW nos horários de pico. Esta central é crucial para o Sistema Elétrico Nacional (SEN) de Cuba, e sua saída do sistema agravou a crise energética, resultando em blecautes contínuos e prolongados em diversas regiões do país.

Quais medidas estão sendo tomadas para solucionar as avarias na termoelétrica Antonio Guiteras?

O diretor geral da Antonio Guiteras, Rubén Campos Olmos, destacou que estão sendo realizadas inspeções e resfriamento da caldeira para reparar a avaria. Além disso, brigadas da Empresa de Manutenção de Centrais Elétricas foram mobilizadas para apoiar nas tarefas corretivas, com o objetivo de reintegrar a planta ao SEN o mais rápido possível.

Quais são as principais causas da crise energética em Cuba?

A crise energética em Cuba deve-se a uma combinação de falhas nas termelétricas, falta de manutenção e escassez de combustível. As decisões de investimento do regime, que priorizam o setor turístico em detrimento da infraestrutura elétrica, também contribuíram para esta situação crítica, que se manifesta em apagões frequentes e prolongados.

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