Um cubano, conhecido no TikTok como @guzman8798 e radicado nos Estados Unidos, incendiou as redes sociais com sua resposta a um comentário que questionava sua posição sobre as sanções contra Cuba e seu impacto nas famílias da ilha. Tudo começou com um vídeo em que Guzmán lamentava que alguns cubanos no exterior apoiassem medidas como o bloqueio de remessas, ressaltando: "¿Asere, se te olvida de dónde tú saliste? ¿Tu familia cómo está allá y que depende de ti?".
Em resposta a esse questionamento, uma usuária comentou: "E ao senhor esquece que os que se favorecem são os ditadores, porque a família está cada vez pior", o que levou o criador a responder de forma contundente em um novo vídeo: "Não senhora, eu não esqueço de nada, mas me parece que fazer a família passar fome não é a maneira de derrubar uma ditadura que dura tantos anos. Há 10.000 outras formas, o que acontece é que nos acostumamos com as palavras e não com as ações."
O vídeo acumulou mais de 1.600 likes e superou os 500 comentários sobre a eficácia das sanções contra o regime cubano e seu impacto no povo. A maioria dos usuários apoiou Guzmán, expressando opiniões semelhantes: "Cubano que se respeita e que tem família em Cuba nunca vai concordar que sua família passe fome"; "O povo sofre e os barrigas grandes continuam vivendo sua vida doce"; "Não vou deixar que minha mãe e meus filhos passem fome por nenhuma lei ou ditadura".
No entanto, outros usuários questionaram suas palavras, pedindo mais clareza sobre suas "10.000 formas" de luta: "Quais são essas maneiras? Ilumina-nos"; "Estamos há 65 anos com este castigo, o que é diferente?". Alguns também lembraram que as sanções não tiveram resultados em décadas: "Ninguém é mais esquecidinho do que os cubanos. Já se esqueceram que antes não se podia enviar nada e os ditadores continuavam iguais?".
A conversa também derivou para críticas àqueles que defendem as restrições. "A maioria dos que apoiam essas ideias não tem família em Cuba ou não se importa"; "É mais fácil justificar politicamente não ajudar os seus", foram alguns dos comentários destacados.
Guzmán98 interagiu ativamente nos comentários, agradecendo o apoio e apontando: "O povo sempre paga as consequências, não a ditadura. Já não restam mambises nem Martí."
O vídeo de Guzmán trouxe novamente à tona um tema sensível para a diáspora cubana, onde a luta por mudanças na ilha se depara com o dilema de como apoiar os familiares sem fortalecer o regime.
Perguntas frequentes sobre as sanções a Cuba e o impacto nas famílias
Por que alguns cubanos no exterior se opõem ao bloqueio de remessas para Cuba?
muitos cubanos no exterior se opõem ao bloqueio de remessas porque acreditam que essas medidas prejudicam diretamente suas famílias na ilha, que dependem desse dinheiro para sobreviver. Argumentam que o bloqueio não enfraqueceu o regime, mas sim aumentou as dificuldades econômicas para a população.
Quais outras formas de luta contra o regime cubano são propostas além das sanções?
Guzmán, o criador do vídeo viral, sugere que existe "10.000 outras formas" de lutar contra o regime, mas não detalha quais seriam essas alternativas. Muitos usuários nas redes sociais pedem mais clareza sobre essas propostas, uma vez que consideram que as sanções não foram eficazes no passado.
Como as sanções econômicas afetam as famílias cubanas?
As sanções econômicas afetam principalmente as famílias cubanas ao limitar o acesso a recursos básicos e remessas. Isso aumenta a carga econômica para os cubanos comuns, enquanto o regime continua encontrando formas de se manter no poder, segundo a opinião de muitos na diáspora.
Qual é o impacto emocional dessas políticas na diáspora cubana?
O impacto emocional na diáspora cubana é significativo, uma vez que muitos se sentem presos entre apoiar suas famílias e não querer fortalecer o regime. O dilema causa angústia e debate entre os cubanos fora da ilha, que se veem obrigados a tomar decisões difíceis sobre o envio de ajuda econômica.
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