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O Ministro dos Transportes de Cuba, Eduardo Rodríguez Dávila, reconheceu recentemente a deterioração acumulada da infraestrutura viária no país, destacando que esse problema "custa caro" não apenas em termos materiais, mas também no aumento de acidentes e suas consequências.
Estas declarações foram feitas em uma extensa publicação no Facebook, onde o ministro refletiu sobre a complexa situação da segurança viária na ilha.
Rodríguez Dávila comentou que, apesar de os números de acidentes terem diminuído em 2024, diversos incidentes em massa ocorridos nos últimos dias geraram alarme pelo número de falecidos, feridos e os danos aos veículos envolvidos.
Segundo explicou, o estado das vias é um fator que, embora difícil de medir com precisão, impacta diretamente na acidentalidade e no desgaste dos veículos.
"O estado precário de muitas das nossas vias tem um custo direto em acidentes e na deterioração dos veículos", afirmou.
O ministro detalhou que, embora as autoestradas e as rodovias principais recebam mais atenção, o estado das vias periféricas continua preocupante.
Entre os fatores que agravam essa situação estão a falta de recursos materiais, o déficit de combustível, a carência de equipamentos especializados e a obsolescência dos existentes. "De modo geral, o deterioro se acumula", ressaltou.
Principais causas de acidentes em 2024
Rodríguez Dávila também abordou as estatísticas mais recentes de acidentes de trânsito em Cuba, destacando as cinco principais causas:
- Falta de atenção ao controle do veículo: Embora os acidentes por essa causa tenham diminuído em relação a 2023, continua sendo a principal razão de acidentalidade. Pinar del Río lidera o número de mortes por essa causa.
- Desrespeito ao direito de passagem: Esta segunda causa mostrou um aumento na gravidade dos acidentes, com mais mortes e feridos, especialmente em províncias como Granma, Guantánamo e Camagüey.
- Excesso de velocidade em condições adversas: A cada sete acidentes relacionados a essa causa, um resultou na perda de vidas humanas. Holguín, Matanzas e Camagüey registram os números mais alarmantes.
- Condução sob o efeito de substâncias tóxicas.
- Problemas técnicos dos veículos: Apesar dos esforços para realizar inspeções técnicas, a falta de peças de reposição e recursos limita as melhorias.
O Ministro fez um apelo à responsabilidade compartilhada entre as autoridades e os cidadãos para reduzir a acidentalidade, enfatizando a necessidade de maior educação no trânsito, participação científica e melhor comunicação por parte dos meios de propaganda do estado.
Além disso, ressaltou a importância de reforçar o controle das normas de segurança viária, especialmente no setor estatal.
Finalmente, Rodríguez Dávila expressou seu compromisso pessoal com este tema, destacando que tem trabalhado diretamente em atividades como a condução de táxis para entender melhor os desafios do setor.
"Cada família cubana que já não é a mesma após a perda de um de seus membros, isso é motivo suficiente para mudar tudo o que deve ser mudado e reduzir os acidentes em Cuba", concluiu.
Acidentalidade em Cuba no início de 2025
No início de 2025, Cuba tem enfrentado uma série de acidentes de trânsito significativos que têm gerado preocupação na população e nas autoridades. Esses incidentes ressaltam a urgência de abordar os desafios na segurança viária do país.
Um dos acidentes mais graves ocorreu no dia 20 de janeiro na estrada que conecta Morón à Ilha de Turiguanó, em Ciego de Ávila. A colisão entre dois ônibus que transportavam trabalhadores para os cayos Coco e Guillermo resultou em seis mortos e 59 feridos.
As condições de baixa visibilidade devido a uma densa neblina foram um fator contributivo, e as investigações preliminares apontam para um possível erro humano como causa principal.
Em outro incidente, no dia 18 de janeiro, um jovem de 24 anos perdeu a vida quando seu veículo colidiu com um poste na interseção da G com o Malecón, em Havana.
Este trecho é conhecido por sua perigosidade, e moradores locais apontaram que a curva nessa área já foi palco de múltiplos acidentes fatais no passado.
Além disso, no dia 17 de janeiro, em Chambas, Ciego de Ávila, uma criança de dois anos faleceu após ser atropelada por um automóvel que tentava ultrapassar um trator. O menor estava em uma bicicleta junto à sua mãe, que ficou ferida, mas está fora de perigo.
Perguntas frequentes sobre o deterioro das ruas e a acidentalidade em Cuba
Qual é o estado atual das rodovias em Cuba?
A situação das estradas em Cuba é crítica, enfrentando um notável deterioramento devido à falta de recursos, o que se traduz em buracos, fissuras e trechos intransitáveis. Esse deterioramento afetou negativamente a mobilidade e a segurança viária, contribuindo para o aumento de acidentes de trânsito na ilha.
Quais são as principais causas dos acidentes de trânsito em Cuba?
Segundo o Ministro dos Transportes, as principais causas de acidentes de trânsito em Cuba são a falta de atenção ao controle do veículo, o desrespeito ao direito de passagem, o excesso de velocidade, a condução sob efeito de substâncias tóxicas e os problemas técnicos dos veículos. Embora os números de acidentes tenham diminuído em 2024, esses fatores continuam a causar incidentes graves.
Como o governo cubano planeja abordar o deterioro das estradas?
O governo cubano está considerando a implementação de novas tarifas nas estradas como uma medida para financiar a manutenção e melhoria da infraestrutura viária. Essa medida busca obter recursos econômicos para garantir a segurança e qualidade das vias, embora sua eficácia dependa da correta gestão dos fundos arrecadados.
Qual é o impacto das condições das estradas na segurança viária em Cuba?
O estado precário das estradas em Cuba impacta diretamente na segurança viária, aumentando o risco de acidentes e contribuindo para a deterioração dos veículos. Essa situação gera preocupação tanto na população quanto nas autoridades, que destacam a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura viária para reduzir os incidentes de trânsito.
Quais medidas estão sendo tomadas para reduzir os acidentes de trânsito em Cuba?
O Ministro dos Transportes fez um apelo à responsabilidade compartilhada entre as autoridades e os cidadãos para reduzir a acidentalidade. Enfatiza-se a necessidade de maior educação em trânsito, participação científica e melhor comunicação por parte dos meios de comunicação estatais. Além disso, está sendo reforçado o controle das normas de segurança viária, especialmente no setor estatal, para melhorar a segurança nas estradas.
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