Os Estados Unidos se preparam para realizar uma das maiores operações de deportação de sua história, com a administração de Donald Trump a caminho de implementar um plano agressivo que afetaria milhões de imigrantes.
De acordo com dados do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE, na sigla em inglês) citados pela Fox News, há mais de 1,4 milhões de cidadãos estrangeiros com ordens finais de deportação, enquanto mais de 7 milhões de imigrantes constam no registro de "não detidos".
Os países com o maior número de nacionais na lista de deportação incluem:
1. Honduras: 261.651 pessoas
2. Guatemala: 253.413
3. México: 252.044
4. El Salvador: 203.822
5. China: 37.908
6. Haiti: 32.363
7. Venezuela: 22.749
8. Paquistão: 7.760
9. Irã: 2.618
10. Uzbequistão: 975
Prioridades de deportação
Segundo funcionários do ICE, as deportações sob a administração Trump se concentrarão inicialmente em:
- Imigrantes com antecedentes criminais: Atualmente, há mais de 662.566 imigrantes com antecedentes criminais no país, dos quais 435.000 possuem condenações por delitos como uso de vistos falsos (16%), dirigir sob influência de álcool (15%) e venda de drogas (15%).
- Pessoas com ordens finais de deportação: Estima-se que 55% dessas ordens podem ser executadas imediatamente, enquanto o restante enfrenta obstáculos legais.
- Beneficiários de programas de proteção temporária: O programa TPS, que tem protegido mais de 1,1 milhão de pessoas de países como Venezuela, El Salvador e Ucrânia, pode estar em risco de ser cancelado.
Obstáculos para a execução de deportações
Apesar dos esforços do governo dos Estados Unidos, a execução das deportações enfrenta vários desafios. Existem 15 países classificados como "não cooperativos", entre eles Cuba, Venezuela, China e Irã, que se recusam a aceitar a devolução de seus nacionais. Além disso, outros 11 países, como Nicarágua e Sudão do Sul, estão em risco de não conformidade.
O ICE também enfrenta apelos legais, proteções contra a deportação e a falta de capacidade operacional para executar as expulsões em grande escala.
Por sua parte, defensores dos direitos dos imigrantes expressaram preocupação com as implicações humanitárias dessas medidas, argumentando que muitas pessoas poderiam ser deportadas para países onde enfrentam riscos significativos.
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