Governo aponta motoristas como os principais responsáveis pelos acidentes em Cuba

Em 2024, os condutores foram apontados como os principais responsáveis pelos acidentes em Cuba, com 30% desses incidentes provocados pela falta de atenção ao volante. Foram registrados 7.507 acidentes, 634 mortes e 6.613 feridos.

Acidente de carro em Sancti Spíritus em 2024Foto © Facebook/ACCIDENTES BUSES & CAMIONES por mais experiência e menos vítimas!

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O governo cubano apontou os motoristas como os principais responsáveis pelos acidentes de trânsito em Cuba, ao avaliar as causas dos incidentes viários no país durante 2024.

A falta de atenção devida ao controle do veículo foi a principal causa de acidentes de trânsito no ano passado, seguido pela desconsideração do direito de passagem e pelo excesso de velocidade, segundo um relatório do Órgão Especializado de Trânsito da Direção Geral da Polícia Nacional Revolucionária (PNR).

O coronel Roberto Rodríguez Fernández, chefe dessa dependência policial, indicou que em 2024 houve uma menor quantidade de acidentes, falecidos e feridos em relação ao ano anterior. Embora tenham diminuído em 12%, ocorreram um total de 7.507 acidentes, com 634 falecidos (uma redução de 13%) e 6.613 lesionados (uma queda de 4%), informou o jornal oficial Granma.

Segundo o funcionário, a falta de atenção à condução do veículo ocasionou 30% dos acidentes. Embora os eventos tenham diminuído devido ao não respeito ao direito de passagem, esses casos registraram o maior número de mortes, com 29,9%.

Foram reportados menos acidentes provocados por excesso de velocidade, além de diminuir o número de mortos e feridos por essa causa. No entanto, esse fator "continua sendo extremamente perigoso, cada acidente resulta em pelo menos um ferido e a cada sete ocorrências há um falecido".

As autoridades disseram que cerca de 665 motoristas estavam sob os efeitos do consumo de bebidas alcoólicas no momento dos acidentes. Por essa razão, foram suspensas 1.204 carteiras de habilitação por até um ano, 20 foram canceladas por reincidência e outros 35 casos resultaram em denúncias por estado de embriaguez.

O relatório oficial alertou que o atropelamento de pedestres continua sendo a terceira causa de falecimentos e o tipo de acidente mais perigoso.

Da mesma forma, aumentou o número de acidentes envolvendo ciclistas e bicitáxis, além das mortes e feridos nesses incidentes.

Igualmente, as motos e ciclomotores estiveram envolvidos em 3% mais de incidentes em comparação com 2023 e “em correspondência ao total de acidentes”.

Um total de 436 acidentes envolveram meios de tração animal, resultando em 22 mortos e 252 feridos. Os condutores de veículos desse tipo foram responsáveis por 57% (238) dos incidentes nos quais estiveram implicados.

O coronel Raúl Cano López, segundo chefe do órgão especializado em investigação criminal e delito comum do Ministério do Interior, advertiu que “o fator humano continua sendo a causa primordial de forma direta em cada um dos fatos”. Ao mesmo tempo, considerou “preocupante a indisciplina viária junto ao aumento de motos elétricas e ciclomotores na circulação veicular, condição que incrementa a perigosidade”.

Admitiu que “se identifica um número significativo de condutores de motos elétricas sem a correspondente licença de condução, inclusive com idades inferiores a 16 anos” e alertou que são realizadas “alterações nos sistemas elétricos para que alcancem maiores velocidades”, além do uso de capacetes não homologados.

O vice-primeiro-ministro Jorge Luis Tapia Fonseca reconheceu o mau estado geral que apresentam as principais estradas e vias do país, mas afirmou que esta não é a principal causa dos acidentes de trânsito.

Em seu relatório sobre os acidentes de trânsito durante 2023, o governo cubano atribuiu ao fator humano 91% dos sinistros ocorridos.

Em um relatório anterior, que abrangeu de janeiro a outubro de 2023, a Polícia destacou o excesso de velocidade e o consumo de álcool como as principais causas de acidentes nesse período, bem como das mortes e pessoas feridas.

Precisamente, as autoridades atribuíram a “um erro humano” o trágico choque de dois ônibus de transporte de trabalhadores ocorrido nesta segunda-feira na estrada que liga a cidade de Morón à Ilha de Turiguanó, em Ciego de Ávila, e que cegou a vida de seis pessoas e causou ferimentos em 59.

Perguntas frequentes sobre acidentes de trânsito em Cuba

Quem são considerados os principais responsáveis pelos acidentes de trânsito em Cuba?

Os motoristas são apontados como os principais responsáveis pelos acidentes de trânsito em Cuba, segundo o governo cubano. Um relatório do Órgão Especializado de Trânsito da Direção Geral da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) considerou o fator humano como a causa primordial nesses incidentes.

Quais são as principais causas dos acidentes de trânsito em Cuba?

As principais causas dos acidentes de trânsito em Cuba incluem a falta de atenção ao controle do veículo, o desrespeito ao direito de passagem e o excesso de velocidade. Também é relatado um número significativo de motoristas que dirigem sob o efeito do álcool.

Como o estado das estradas afetou a segurança viária em Cuba?

Embora o vice-primeiro-ministro Jorge Luis Tapia Fonseca tenha reconhecido a má condição geral das estradas e vias mais importantes, afirmou que essa não é a principal causa dos acidentes de trânsito. No entanto, o deterioramento das infraestruturas viárias continua sendo um problema que aumenta o risco de acidentes.

Quais medidas foram tomadas contra motoristas que dirigem sob o efeito do álcool em Cuba?

Em resposta ao manejo sob efeito de álcool, foram suspensas 1.204 carteiras de motorista por até um ano, 20 foram canceladas por reincidência e outros 35 casos resultaram em denúncias por estado de embriaguez. Essas medidas visam reduzir a incidência de acidentes relacionados ao consumo de álcool.

Como a situação dos acidentes de trânsito em Cuba mudou em comparação com anos anteriores?

Em 2024, houve uma diminuição de 12% na quantidade de acidentes, totalizando 7.507 incidentes, 634 falecidos (13% a menos) e 6.613 feridos (4% a menos) em comparação com o ano anterior. Apesar dessa redução, o fator humano continua sendo o principal responsável pelos acidentes.

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