Imagens que circulam nas redes sociais revelam a magnitude da explosão registrada nesta terça-feira em um almoxarifado de material de guerra na localidade de Melones, Holguín; paralelamente, fontes não oficiais afirmam que supostamente há mortos e feridos.
O incidente, provocado por um incêndio enquanto se classificavam munições envelhecidas, gerou preocupação na região.
Edmundo Dantés Junior publicou uma fotografia no Facebook que mostra uma grande explosão ao longe.
“Esta é uma das fotos que mais me impressionou das que vi das explosões perto da Comunidade de Melones, no município Rafael Freire de Holguín”, sublinhou.
Na seção de comentários, Rayner González afirmou: “Faleceu um vizinho da minha avó que mora em Freyre, ele tinha 18 anos. Há muitos mais desaparecidos. Em Freyre estão convocando o povo a fazer doações de sangue. Há crianças mortas que foram para o serviço militar”.
Em uma publicação anterior, o influenciador destacou que "ainda agora se ouvem explosões em Rafael Freyre, Holguín", e compartilhou outras imagens que também revelam a magnitude do sinistro.
Por sua parte, o portal de notícias CubaNet compartilhou em seu perfil do Facebook fotografias da explosão e da presença de militares nas ruas.
“Imagens das explosões na unidade militar que armazena material de guerra na localidade de Melones, município de Rafael Freyre, província de Holguín. Solicitamos ao nosso público informações sobre o ocorrido e o estado dos jovens recrutas do Serviço Militar”, afirmou a mídia.
Embora nenhum meio oficial tenha fornecido atualizações sobre a explosão ou sobre possíveis mortos ou desaparecidos, na seção de comentários, uma jovem identificada como Dayannis Valdés declarou: "Que não parem a busca, meu primo Jorge Félix é um dos desaparecidos".
O Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba não emitiu nenhum comunicado novo; no entanto, em seu perfil do Facebook, uma pessoa confirmou que há vítimas mortais, incluindo oficiais.
Na sua última atualização, o MINFAR informou que, como parte das medidas adotadas pelo Conselho de Defesa da província de Holguín e uma comissão do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias, está sendo analisada a situação provocada pelo incêndio ocorrido na madrugada de terça-feira, 7 de janeiro, em uma instalação de material de guerra na comunidade de Melones, município de Rafael Freyre.
Segundo o comunicado, 361 pessoas que residem nas proximidades foram protegidas, enquanto continuam as ações para avaliar o estado do pessoal que enfrentou o incidente, assim como os danos ao patrimônio.
Além disso, foi indicado que a vigilância na área é mantida com a participação das principais autoridades do Partido, do Governo, das FAR, do Ministério do Interior e da Defesa Civil, que mantêm um intercâmbio sistemático com a população e asseguraram que informarão oportunamente sobre o desenvolvimento das ações.
Por outro lado, mais de 1.200 pessoas foram evacuadas nesta terça-feira na localidade de Melones, município de Rafael Freyre, Holguín, após as explosões ocorridas em um depósito de material de guerra pertencente ao Ministério das Forças Armadas Revolucionárias.
O primeiro secretário do PCC em Holguín, Joel Queipo Ruiz, informou através do Facebook que, como parte das medidas adotadas pelo Conselho de Defesa Provincial e uma comissão do Ministério das FAR, foram protegidas 494 pessoas que residem nas proximidades do local afetado pelo incêndio ocorrido na madrugada desta terça-feira em uma obra com material de guerra na comunidade de Melones, município Rafael Freyre.
Segundo explicou, continuam as ações para avaliar o estado do pessoal que enfrentou inicialmente o ocorrido, bem como os danos ao patrimônio.
Além disso, assegurou que a vigilância na área permanece ativa com a participação das principais autoridades do Partido, do Governo, das FAR, do Ministério do Interior e da alta direção da Defesa Civil.
"É mantido um intercâmbio sistemático com a população e nosso povo será informado oportunamente sobre o curso das ações", acrescentou em sua publicação.
Na seção de comentários, uma pessoa identificada como Jorge Montero Góngora justificou o silêncio das fontes oficiais, argumentando que "com certeza as informações respectivas serão dadas no momento oportuno".
Segundo afirmou, ainda não é possível acessar o local do incidente até ter a certeza de que não ocorrerão novas detonações, pois agir de forma precipitada poderia causar "resultados piores".
Montero insistiu que as informações fornecidas pelos canais oficiais estão relacionadas à realidade do sinistro e condenou as "vilezas especulativas" que, em sua opinião, visam apenas gerar mais desespero entre os afetados e seus familiares.
" Sempre haverá pessoas que, sem o menor pudor e sensibilidade pelos outros, brincam com os sentimentos das pessoas", acrescentou, aconselhando os internautas a não se deixarem levar por rumores e comentários infundados, embora seja evidente que há feridos, conforme afirmaram familiares nas redes sociais e que o regime insiste em ocultar.
Perguntas frequentes sobre a explosão no armazém militar de Holguín
O que causou a explosão no depósito militar de Holguín?
A explosão no depósito militar de Holguín foi provocada por um incêndio que ocorreu enquanto se classificavam munições envelhecidas. O incidente gerou uma série de explosões na instalação militar, localizada na localidade de Melones, município Rafael Freyre.
Quantas pessoas foram evacuadas devido às explosões?
Como medida preventiva, 1.245 pessoas foram evacuadas das comunidades próximas ao Conselho Popular La Púa, em Gibara, para garantir sua segurança, embora as autoridades tenham assegurado que o evento não representa um perigo para a comunidade.
Há informações sobre falecidos ou feridos após a explosão?
Embora as autoridades não tenham confirmado oficialmente a existência de falecidos ou feridos, fontes não oficiais e comentários nas redes sociais sugerem que pode haver vítimas. A situação continua a ser avaliada pelo Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.
Quais medidas de segurança estão sendo tomadas após o incidente?
O Ministério das Forças Armadas Revolucionárias, junto com o Conselho de Defesa da província de Holguín, estabeleceu uma comissão para investigar as causas do incêndio e assegurar a vigilância e proteção da área afetada. A avaliação do pessoal e dos danos ao patrimônio continua.
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