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A imagem de um homem comendo alimentos recolhidos do chão em uma rua de Santiago de Cuba gerou comoção nas redes sociais, onde o jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada fez um apelo urgente às autoridades para que atendam a esta e a outras situações semelhantes na cidade.
No mensagem publicada em seu perfil no Facebook, Mayeta Labrada enfatizou a necessidade de intervenção por parte das autoridades partidárias, governamentais e da Direção Provincial de Saúde de Santiago de Cuba.
“Mais do que escrever uma notícia sobre esta lamentável situação, já que carecemos de informação precisa sobre a identidade do homem ou se ele apresenta algum transtorno mental, exortamos as autoridades a agir”, declarou o jornalista.
Mayeta ressaltou que muitas das pessoas em situação de rua têm familiares, mas devido a doenças mentais ou problemas de dependência, acabam vagando, comendo do lixo ou das ruas.
"À primeira vista, vê-se um homem bem vestido, embora não use sapatos, e, segundo me informaram, comia na rua enquanto se arrastava", detalhou.
A petição incluiu uma crítica direta aos gestores da cidade, a quem responsabilizou pela falta de uma adequada atenção à saúde e programas de assistência social.
“Nosso apelo é para os diretores competentes que não querem cumprir suas funções”, concluiu.
O caso desencadeou um debate sobre a crescente crise social e econômica em Cuba, onde a falta de recursos e serviços básicos tem afetado gravemente os setores mais vulneráveis da população.
“Seja quem for, menino, homem ou mulher, não se pode justificar a fome que se está passando em Cuba, especialmente em Santiago de Cuba”, escreveu uma internauta.
Outra pessoa comentou ter estado perto do local quando o incidente ocorreu. “Ele tinha os palitroques em uma sacola de náilon, ele mesmo os tirou e jogou no chão e começou a comê-los, é um jovem com problemas mentais”, observou.
Essa situação está inserida em uma crise social e econômica que levou numerosos cidadãos a condições de extrema pobreza e vulnerabilidade. Nos últimos meses, foram relatados vários incidentes semelhantes na região.
No final de 2024, foram divulgadas imagens de pessoas recolhendo feijões do chão em Santiago de Cuba, após o derrame acidental desse alimento. Entre os coletores, havia adultos e crianças em idade escolar, o que evidenciou a desesperação e a escassez de recursos alimentares na região.
Além disso, em novembro de 2024, várias pessoas foram vistas recolhendo purê de tomate derramado em uma rua central daquela cidade. Os moradores, desconsiderando os riscos à saúde, se agachavam para recuperar o alimento e levá-lo para suas casas.
A indigência também aumentou na cidade. Em agosto de 2024, foi relatado um aumento no número de pessoas em situação de rua que pernoitam nas ruas dessa cidade oriental cubana, incluindo idosos e pessoas com problemas mentais, sem que as autoridades implementem medidas eficazes para lidar com essa problemática.
Em resposta a esta crise, alguns ativistas e cidadãos organizaram iniciativas de solidariedade. Por exemplo, em dezembro de 2024, foi realizado um almoço comunitário que beneficiou 200 pessoas em situação de vulnerabilidade em Santiago de Cuba, destacando a importância da solidariedade em tempos difíceis.
Esses fatos refletem uma realidade alarmante em Santiago de Cuba, onde a escassez de alimentos e a falta de atenção às pessoas em situação de rua exigem uma intervenção urgente por parte das autoridades e da sociedade em geral.
Perguntas frequentes sobre a crise social e econômica em Santiago de Cuba
Por que a imagem de um homem comendo do chão em Santiago de Cuba se tornou viral?
A imagem se tornou viral devido à alarmante situação de pobreza extrema e desamparo que muitas pessoas vivem em Santiago de Cuba, evidenciada por um homem que, aparentemente com transtornos mentais, foi filmado comendo do chão em uma rua movimentada. Esse fato gerou comoção e um apelo à ação por parte das autoridades, embora até agora não tenha havido uma resposta efetiva.
Qual é a situação atual das pessoas em situação de rua em Santiago de Cuba?
Em Santiago de Cuba, o número de pessoas em situação de Rua aumentou significativamente, tornando-se uma imagem comum e desoladora na cidade. O aumento dessa população se deve à falta de atenção governamental e à escassez de recursos básicos, o que obriga muitas pessoas, incluindo aquelas com transtornos mentais, a viver nas ruas sem nenhuma proteção estatal.
O que reflete a coleta de alimentos do solo em Santiago de Cuba?
A coleta de alimentos do solo reflete a profunda crise alimentar e econômica que a população cubana enfrenta, especialmente em Santiago de Cuba. Esses atos de desespero são uma evidência tangível da falta de soluções eficazes por parte do governo para garantir o acesso a alimentos básicos, forçando as pessoas a recorrer a medidas extremas para sobreviver.
Quais ações estão sendo tomadas para ajudar as pessoas em situação de rua em Santiago de Cuba?
Até o momento, não foram implementadas ações governamentais efetivas para ajudar as pessoas em situação de rua em Santiago de Cuba. No entanto, ativistas e cidadãos têm organizado iniciativas solidárias, como almoços comunitários, para apoiar as pessoas mais vulneráveis da comunidade, destacando a importância da solidariedade em tempos de crise.
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