Pronostica uma noite de Natal às escuras em Cuba: "¡A disfrutar del regalo de Santa Claus!"

A União Elétrica previu para esta terça-feira mais um dia de fortes apagões em Cuba.

Apagón en La Habana (Imagen de referencia) © CiberCuba
Apagão em Havana (Imagem de referência)Foto © CiberCuba

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A União Elétrica (UNE) anunciou um panorama crítico para o fornecimento de energia nesta terça-feira, com um déficit de geração que prevê um Natal à luz de velas para milhões de cubanos, já que a previsão de cortes de energia para o horário de pico de hoje é de 1.314 MW.

Ontem, o serviço elétrico foi afetado por uma deficiência na capacidade de geração desde as 5h19, atingindo um pico de 1.432 MW às 18h30, exatamente no horário de maior demanda.

Embora os problemas tenham sido resolvidos às 1h22 da madrugada, as quedas de energia retornaram apenas três horas depois, às 4h13.

Às 7h00 de hoje, a disponibilidade do Sistema Elétrico Nacional (SEN) era de 1.480 MW, enquanto a demanda era de 2.150 MW, resultando em um déficit de 742 MW.

Estima-se que por volta do meio-dia o déficit atinja 980 MW, com maior impacto nas regiões centro-orientais devido à alta transferência de energia para essas áreas.

Há quatro unidades termoelétricas fora de operação: a unidade 8 da CTE Mariel, a unidade 2 da CTE Felton e as unidades 3 e 6 da CTE Renté.

Além disso, permanecem em manutenção cinco unidades: 2 e 3 da CTE Santa Cruz, as Unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos e a unidade 5 da CTE Renté.

As limitações térmicas afetam 209 MW adicionais, enquanto na geração distribuída 79 usinas estão fora de operação devido à falta de combustível, o que representa 519 MW.

A isso se somam seis motores da patana de Melones e sete da CDE Moa, que juntos totalizam mais 196 MW afetados.

A UNE prevê a entrada em operação de algumas unidades para mitigar o impacto no horário de pico: a unidade 3 da CTE Santa Cruz contribuirá com 50 MW, enquanto seis motores da CDE Mariel e outros instalados na patana de Melones acrescentarão 110 MW e 96 MW, respectivamente.

No entanto, essas medidas não serão suficientes.

A disponibilidade estimada para a noite será de 1.736 MW em relação a uma demanda máxima de 2.980 MW, gerando um déficit de 1.244 MW.

Isso poderia resultar em apagões de até 1.314 MW, afetando significativamente a população durante a celebração da véspera de Natal.

Os cubanos não demoraram a expressar sua amargura e frustração após o anúncio, que acrescenta desespero em meio a um cansaço generalizado.

"Cuba é a árvore de Natal do mundo: com o apaga aqui e acende lá, somos os mais miseráveis em nível mundial"; "Nem um dia como hoje pode ser celebrado com esses apagões. Deve dar pena diante do mundo, sendo o único país que não consegue comemorar este dia especial"; "Acho uma falta de respeito que hoje tenhamos que celebrar no escuro devido à total falta de aptidão e previsibilidade", escreveram alguns cubanos indignados.

"Vamos aproveitar o presente do Papai Noel!", sentenciou com ironia outra internauta.

A incapacidade do regime cubano para garantir ao menos o fornecimento de energia elétrica em uma data tão significativa como a véspera de Natal e o Natal evidencia, mais uma vez, sua crônica ineficácia e falta de planejamento.

Enquanto milhões de famílias ao redor do mundo desfrutam de uma noite iluminada pelas tradições e pela alegria da celebração, em Cuba a escuridão se transformou no amargo símbolo de uma gestão fracassada que nem consegue garantir as condições mínimas para que seus cidadãos compartilhem momentos especiais.

Esta crise não é fruto de circunstâncias isoladas, mas sim de décadas de improvisação, degradação estrutural e desinteresse pelas reais necessidades do povo.

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Redação do CiberCuba

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