A União Elétrica de Cuba (UNE) informou que o Sistema Elétrico Nacional (SEN) enfrenta uma grave crise de geração de energia, afetando o fornecimento elétrico em grande parte do país durante o final de semana.
O panorama energético continua sendo crítico, com um déficit previsto de mais de 1.200 MW para o horário de pico deste domingo, 8 de dezembro, tendo alcançado no sábado um pico de 1.526 MW às 18h10, coincidente com o horário de maior demanda.
Para este domingo, "estima-se que na hora de pico haja uma disponibilidade de 1.850 MW e uma demanda máxima de 3.050 MW, resultando em um déficit de 1.200 MW. Portanto, se as condições previstas se mantiverem, estima-se uma redução de 1.270 MW nesse horário", informou a empresa estatal em suas redes sociais.
Atualmente, estão fora de serviço devido a falhas as unidades 5 da CTE Mariel, 2 da CTE Felton e 6 da CTE Renté. Além disso, outras quatro unidades estão em manutenção, incluindo as usinas de Cienfuegos, Santa Cruz e Nuevitas.
O déficit de geração também está sendo afetado pela falta de combustível, que deixou fora de operação 56 centrais de geração distribuída e dois motores da patana de Santiago de Cuba, totalizando 309 MW perdidos por essa razão.
A UNE espera que a unidade 1 da Energás Jaruco comece a operar com 30 MW adicionais, enquanto a unidade 6 da mesma planta completará outros 80 MW. No entanto, essas adições não serão suficientes para atender à demanda prevista.
Se as condições atuais permanecerem, os apagões em massa continuarão a afetar grande parte do país, complicando ainda mais a vida cotidiana dos cubanos em meio a uma crise energética que parece distante de ser resolvida.
A crise energética em Cuba se intensificou em dezembro de 2024, com múltiplas quedas de energia afetando grande parte da população.
No dia 4 de dezembro, o SEN colapsou devido a uma falha na Central Termoelétrica Antonio Guiteras, a principal usina do país, deixando milhões sem eletricidade. Este incidente é o terceiro do tipo em menos de dois meses, evidenciando a fragilidade da infraestrutura elétrica cubana.
A situação foi agravada pela escassez de combustível e pela falta de manutenção nas usinas geradoras. Além disso, fenômenos naturais como o furacão Rafael causaram danos significativos, complicando ainda mais a geração e distribuição de eletricidade.
A empresa dirigida por Alfredo López Valdés implementou apagões programados de até oito horas diárias para lidar com o déficit de geração, que em algumas localidades pode ser ainda maior, segundo relatos nas redes sociais.
A situação levou a protestos e críticas às autoridades devido à falta de soluções efetivas. A combinação de falhas técnicas, desastres naturais e problemas estruturais mergulhou Cuba em uma profunda crise energética, afetando a qualidade de vida de seus cidadãos e evidenciando a necessidade de reformas urgentes no setor elétrico.
Em dezembro, Cuba enfrentou apagões significativos devido a déficits na geração de energia elétrica que têm uma média de 1.400 MW.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba
Por que ocorrem apagões em massa em Cuba?
Os apagões massivos em Cuba devem-se a um déficit significativo na capacidade de geração elétrica, causado por falhas nas centrais termelétricas e pela falta de combustível para a geração distribuída. Essa situação é agravada pela manutenção das unidades e por fenômenos meteorológicos adversos, o que evidencia a fragilidade do sistema elétrico cubano.
Quais são as centrais elétricas mais afetadas em Cuba?
Atualmente, as centrais termoelétricas mais afetadas incluem a unidade 5 da CTE Mariel, a unidade 2 da CTE Felton e as unidades 3 e 6 da CTE Renté. Além disso, outras unidades estão em manutenção na CTE Santa Cruz, CTE Cienfuegos, CTE Nuevitas e Boca de Jaruco, o que limita a capacidade de geração de energia elétrica no país.
Como a falta de combustível afeta a crise energética em Cuba?
A falta de combustível em Cuba tem deixado inúmeras centrais de geração distribuída fora de operação, afetando significativamente a capacidade de resposta do Sistema Eletroenergético Nacional (SEN). Essa escassez contribui para o déficit de geração e para os apagões em massa que o país enfrenta, complicando ainda mais a situação energética.
Quais medidas o governo cubano implementou diante da crise energética?
O governo cubano tem tentado incorporar parcialmente algumas unidades termelétricas e restaurar áreas afetadas por falhas. No entanto, essas medidas têm sido insuficientes para resolver a crise energética, e a falta de combustível continua a ser um obstáculo crítico para uma solução a curto prazo.
Qual é o impacto da crise energética na população cubana?
A crise energética em Cuba afeta gravemente a vida cotidiana dos cubanos, gerando um grande descontentamento e incômodo devido aos constantes apagões. A falta de eletricidade impacta a qualidade de vida, resultando em alimentos desperdiçados e uma crescente desesperança, que se reflete em protestos e manifestações contra o regime em várias regiões do país.
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