Enfrentamentos entre agentes do regime cubano e civis ocorreram perto da CUJAE, em Havana, segundo vídeos que começaram a circular nas redes sociais neste domingo, mostrando momentos de alta tensão na área.
Pablo Mendoza denunciou no Facebook que os agentes do regime cubano usaram armas de fogo durante o confronto com a população civil.
“Até quando vocês continuarão com isso em relação ao povo? Não acreditam em crianças, mulheres ou idosos. Vejam isso na CUJAE, como tratam as pessoas como animais. Não bastasse a necessidade que impõem ao povo, ainda têm que maltratá-los. Meu povo precisa de liberdade”, escreveu Mendoza em sua publicação.
O internauta acompanhou sua denúncia com várias fotografias que mostram cartuchos de bala, supostamente recuperados na área do confronto, e vídeos que documentam a violência das ações.
Nos vídeos compartilhados, Mendoza destacou elementos que evidenciam a intensidade do confronto, mencionando "disparos" e o uso de "escopetas", em um contexto onde havia menores de idade e mulheres presentes.
“São uns abusadores”, repetiu Mendoza várias vezes, condenando as ações policiais. Em outro momento, afirmou: “Isto é em Cuba, a polícia batendo nas mulheres”, referindo-se à violência exercida durante o confronto.
O denunciante afirmou que os agentes “estavam agredindo”, pois, segundo ele, “as pessoas estavam ganhando dinheiro vendendo gasolina”.
O jornalista Mario Pentón, na rede social X, informou: “Hoje ocorreram confrontos entre agentes do regime cubano e a população civil na área da CUJAE. De lá me enviam esses vídeos. Estou aguardando mais informações para compartilhar, mas é evidente a assimetria no uso da força.”
Em novembro, a polícia cubana reprimiu uma protesto em Boyeros contra os apagões, que já se estendem por seis dias em algumas áreas da capital do país.
Relatórios da Hora de Cuba indicam que, às 9h da manhã, um grupo de moradores da rua 5ta entre A e B, no município de Boyeros, bloqueou a avenida Boyeros em protesto pela falta de eletricidade.
Os manifestantes apontaram que a situação se tornou insustentável. "A comida estragou e não temos acesso a água potável. É desumano viver assim, enquanto bem em frente ao prédio há um comércio que tem eletricidade", contou um dos manifestantes, visivelmente indignado com a disparidade no serviço.
Além disso, alguns trabalhadores da conhecida feira de 100 e Boyeros confirmaram o fato, mencionando que os manifestantes bloquearam não apenas a avenida, mas também uma das rotas principais que conecta com a ponte de 100.
A resposta dos órgãos repressivos do governo cubano não se fez esperar. Testemunhas indicaram que os manifestantes foram agredidos pela polícia. "Vimos como eles batiam em quem estava protestando", relatou um trabalhador da região citado pelo meio independente.
Nos últimos dias, uma mulher protagonizou uma protesta antigovernamental nesta segunda-feira na central Avenida Enramadas, em Santiago de Cuba, onde começou a gritar palavras de ordem como "Abaixo o comunismo!" enquanto estava em uma fila destinada ao pagamento de aposentados.
O fato ocorreu durante o dia, coincidindo com o aniversário da morte de Fidel Castro, o que fez com que partidários do regime respondessem com gritos de "¡Viva Fidel!" enquanto a manifestante continuava com sua protesto solitário, informou o jornalista Yosmany Mayeta em seu perfil no Facebook.
Perguntas frequentes sobre os confrontos entre agentes do regime cubano e civis em Havana.
O que aconteceu perto da CUJAE em Havana?
Ocorreram confrontos entre agentes do regime cubano e civis na área próxima à CUJAE, em Havana. Segundo vídeos divulgados nas redes sociais, os agentes utilizaram armas de fogo contra a população civil, o que gerou momentos de alta tensão na região. As ações dos agentes têm sido criticadas por sua violência desmedida.
O que Pablo Mendoza denunciou sobre os confrontos?
Pablo Mendoza denunciou no Facebook que os agentes do regime usaram armas de fogo durante o confronto, incluindo disparos e o uso de espingardas na presença de menores de idade e mulheres. Ele criticou o tratamento violento aos civis, mencionando que a polícia agrediu mulheres durante o confronto.
Qual foi a razão do confronto segundo Mendoza?
Mendoza explicou que os agentes estavam agindo com violência porque algumas pessoas estavam vendendo gasolina para sobreviver. Ele criticou o fato de que o regime não apenas impõe dificuldades ao povo, mas também o maltrata.
Como o regime responde às protestas cidadãs em Cuba?
O regime cubano responde às protestas cidadãs com repressão e uso desproporcional da força. Confrontos similares foram relatados em outras áreas, como Boyeros, onde a polícia reprimiu manifestantes que protestavam contra os apagões. A assimetria no uso da força é evidente, com testemunhos de violência policial em relação aos manifestantes.
Qual foi a opinião expressa pelo jornalista Mario Pentón sobre os fatos?
Mario Pentón, jornalista, comentou em suas redes sociais sobre os confrontos, destacando a evidente assimetria no uso da força pelos agentes do regime cubano contra a população civil. Ele indicou que estava à espera de mais informações para continuar reportando sobre o incidente.
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