A polícia cubana prendeu o principal suspeito de assassinar duas pessoas em uma violenta briga ocorrida no último sábado, 26 de outubro, em Cienfuegos.
As vítimas foram identificadas como Ricardo Vladimir Fortes, de 31 anos, e Raúl Antonio Artiz Suárez del Villar, de apenas 17 anos, que faleceram devido a ferimentos causados por arma branca.
O perfil de Facebook Las Cosas de Fernanda, associado ao Ministério do Interior (MININT), revelou que ambos se envolveram em uma briga sem sentido que resultou em tumulto em um local conhecido como La Plaza, na capital cienfueguera. Foram levados ao hospital, mas os médicos não puderam fazer nada por eles.
"Não foram golpes de facão, como se especula, nem há outros jovens em estado grave. Foram ferimentos causados por instrumentos cortantes que o homicida usou, os quais estavam escondidos na bolsa de uma das garotas que o acompanhava. Uma astúcia que certas ratos estão usando agora para evitar que a Polícia detecte esses artefatos de morte. Como sabem que as autoridades se limitam nas revistas com as garotas, utilizam esse artifício", detalhou a nota.
"Todos os envolvidos, incluindo o assassino, foram capturados e as investigações continuam", ressaltou.
O autor do post mencionou que não conhece a causa da briga, mas que havia "álcool em altos níveis, agindo como um agente alienante".
Há alguns dias, amigos do jovem Raúl Artiz relataram que ele perdeu a vida enquanto tentava defender um amigo.
No início do mês, o governo cubano afirmou que a criminalidade está diminuindo na Ilha, mas reconheceu que a população não percebe isso. Uma percepção que é acompanhada por relatos que aparecem diariamente na Internet sobre atos violentos no país.
Dados expostos pelo Ministério do Interior (MININT) ao primeiro-ministro Manuel Marrero, na reunião do Grupo de Trabalho para a prevenção e enfrentamento a delitos e ilegalidades, informaram que, embora ao final de agosto o registro de delitos tenha permanecido alto, os casos diminuíram em comparação com o mesmo período do ano anterior.
"Embora haja avanços em algumas questões e indicadores, o povo ainda não vê os resultados (...) algumas tendências refletem que o enfrentamento começa a gerar resultados, mas estes serão perceptíveis quando o povo puder percebê-los", disse Marrero Cruz.
Apesar desse reconhecimento, há alguns dias, a vice-presidente do Tribunal Supremo, Maricela Sosa Ravelo, afirmou que a insegurança na Ilha é um problema amplificado pelas redes sociais e acusou campanhas difamatórias promovidas dos Estados Unidos.
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