Outra jornada com apagões acima do previsto em Cuba

Permanecem fora de operação oito unidades termoelétricas.


Por enésima vez nos últimos meses, a União Elétrica (UNE) de Cuba superou a previsão de apagões para o dia. Esperava-se um déficit de 1.481 MW, mas acabaram sendo afetados 1.548 MW devido a uma insuficiência na capacidade de geração.

Dezembro não começou bem em termos de energia em Cuba, pois hoje ainda estão fora de serviço oito unidades termoelétricas e, para o horário de pico, esperam-se 1.436 MW de apagões, que, como costuma acontecer, é muito provável que acabem sendo mais.

O serviço foi restabelecido às 2h36, mas começou a ser afetado novamente às 5h12. Assim, a disponibilidade do SEN às 7h era de 1.740 MW e a demanda de 2.140 MW, com 440 MW afetados por déficit de geração.

A cifra de apagões diurnos será em torno de 750 MW.

Estão fora de operação três unidades: a 5 da CTE Mariel, a unidade 6 da CTE Renté e a unidade 2 da CTE Felton.

Estão em manutenção cinco unidades: a unidade 2 da CTE Santa Cruz, as unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos, a unidade 6 da CTE Nuevitas e a unidade 5 da CTE Renté.

A unidade que se espera que seja incorporada mais rapidamente - pelo menos das que estão em manutenção - não será antes de 9 de dezembro, conforme indicou Lázaro Guerra Hernández, diretor geral de Eletricidade do Ministério da Energia e Minas (MINEM) em declarações à Televisão Cubana.

As limitações na geração térmica são de 294 MW.

Estão fora de serviço devido a combustível 62 centrais de geração distribuída com 313 MW e a patana de Santiago de Cuba, com 65 MW, totalizando uma afetação de 378 MW por essa razão.

Para o pico, estima-se a entrada da unidade 1 da Energás Boca de Jaruco e a finalização do ciclo combinado com 50 MW, além de dois motores na patana de Santiago de Cuba com 24 MW.

Com esta previsão, estima-se que na hora de pico haja uma disponibilidade de 1.814 MW e uma demanda máxima de 3.180 MW, resultando em um déficit de 1.366 MW.

Se as condições previstas se mantiverem, prevê-se uma afetacão de 1.436 MW neste horário.

O cenário para o SEN continua crítico, com limitações na geração térmica e distribuída, além de falhas significativas em várias de suas principais unidades, o que pressiona ainda mais a capacidade de resposta nos momentos de maior consumo.

Perguntas frequentes sobre os apagões em Cuba

Por que há apagões constantes em Cuba?

Os apagões em Cuba são causados por um déficit na capacidade de geração de energia elétrica, resultante de falhas em várias unidades termoelétricas e da falta de combustível para as centrais de geração distribuída.

Qual é a situação atual do sistema elétrico em Cuba?

A situação do sistema elétrico em Cuba é crítica, com apagões que ultrapassam 1.400 MW durante os horários de pico, e uma demanda que supera significativamente a capacidade de geração disponível.

Qual é o impacto das faltas de energia na vida diária dos cubanos?

Os apagões afetam gravemente a vida cotidiana, impossibilitando atividades básicas como cozinhar e o uso de eletrodomésticos. Além disso, geram frustração e um crescente descontentamento na população devido à sua frequência e duração.

Que medidas tomou o governo cubano diante desta crise?

Até o momento, as medidas do governo têm sido insuficientes para resolver a crise. Não foram implementadas soluções eficazes a longo prazo, e as promessas de melhoria não se concretizaram, provocando protestos e descontentamento na população.

Quais são as projeções para o fornecimento de energia elétrica em Cuba?

As projeções indicam que os apagões continuarão devido à incapacidade do sistema de atender à demanda. Embora algumas reincorporações de unidades termelétricas sejam esperadas, não se prevê uma solução a curto prazo para estabilizar a situação elétrica.

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