Uma idosa cubana foi deportada para Cuba após tentar entrar nos Estados Unidos com um visto humanitário falso nesta semana.
O jornalista Mario J. Pentón trouxe à tona este delicado caso em suas redes sociais, convidando aqueles que aguardam um parole humanitário a manter a calma e não acreditar em pessoas que sugiram agilizar os trâmites mediante pagamento, pois são armadilhas e cair nelas pode ter um custo legal.
O caso ocorreu no Aeroporto de Tampa, onde as autoridades de Imigração detectaram irregularidades no documento apresentado por uma idosa cubana. O visto humanitário era falso e a mulher foi imediatamente deportada para Cuba.
A idosa já está na ilha e sua família nos Estados Unidos está devastada, pois pagaram milhares de dólares para conseguir essa reunificação familiar rapidamente.
O advogado Mayron Gallardo, entrevistado por Pentón, destacou que esse tipo de fraude pode acarretar graves consequências legais tanto para as vítimas quanto para suas famílias. "Elas poderiam enfrentar acusações criminais por tráfico de pessoas, o que agrava ainda mais sua situação", explicou Gallardo.
Medidas reforçadas contra fraudes no programa de Parole Humanitário.
O caso da idosa ocorre em um contexto no qual o Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) adotou medidas mais rigorosas para prevenir fraudes no programa de permissão humanitária.
Este programa, implementado pela administração Biden em janeiro de 2023, permite que migrantes de Cuba, Venezuela, Haiti e Nicarágua vivam e trabalhem temporariamente nos Estados Unidos por um período de dois anos. Os cubanos, após o primeiro ano, se beneficiam da Lei de Ajuste e conseguem assim permanecer no país.
No entanto, em agosto deste ano, o DHS suspendeu o programa após detectar um aumento significativo de solicitações fraudulentas. Na reabertura, anunciada com medidas de segurança rigorosas, o órgão indicou que qualquer tentativa de fraude será submetida às autoridades competentes para a devida responsabilização.
Entre as novas medidas está incluida a colaboração com entidades como a Direção de Detecção de Fraude e Segurança Nacional do Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) e a Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP).
Também estão sendo implementadas verificações mais rigorosas de antecedentes criminais e financeiros dos patrocinadores, assim como a coleta de impressões digitais como parte do processo de aprovação.
O presidente eleito, Donald Trump, afirmou que entre as primeiras medidas que pretende tomar ao assumir seu cargo na Casa Branca está a eliminação do "parole" humanitário e das entrevistas pela App CBP One, que permite a migrantes no México agendar entrevistas para tentar entrar legalmente nos Estados Unidos.
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