Teresa Padrón insiste que há sim uma segunda pessoa envolvida no assassinato de El Taiger

Teresa acredita firmemente na possibilidade de que outra pessoa estivesse envolvida no traslado do corpo ferido de El Taiger.


Teresa Padrón, gerente de El Taiger, considera "impossível" que Damián Valdez-Galloso conseguisse colocar sozinho no carro o corpo do reguetonero, que pesava 280 libras e media mais de seis pés de altura, por isso tem certeza de que recebeu ajuda de alguém.

"É impossível que ele tenha conseguido fazer isso sozinho, é impossível, alguém deve tê-lo ajudado", afirmou Teresa de maneira categórica em uma longa entrevista com o jornalista Mario Vallejo, na qual abordou vários temas de interesse relacionados ao caso.

“Disseram-me que a esposa de Damián, Ana, tem a ver com isso, e que foi ela quem o ajudou a colocar o corpo no carro”, acrescentou Teresa.

"Há mais do que se está dizendo. A polícia terá suas razões para não a estar tirando de cena, mas eu sei que, em algum momento, ela terá que se expor. Se for ela quem esteve envolvida ou qualquer outra pessoa, vai ter que se revelar", insistiu.

A manager do reguetonero opina que a pessoa que ajudou Damián também deve ser responsabilizada, e que essa pessoa é igualmente culpada porque poderia ter salvado a vida de José Manuel Carbajal ao chamar o 911.

“Por que essa pessoa nunca saiu à luz? Se ela não tem nada a esconder, por que não aparece? Onde está essa mulher?”, questionou.

Em outro momento da entrevista, Teresa mencionou a luta para que a promotoria mude a acusação contra Damián para assassinato em primeiro grau, o que implicaria uma pena mais severa.

“Estamos lutando atualmente para que mudem a acusação de segundo grau para primeiro grau. Para nós, é muito importante também que todas as pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas na situação que ocorreu naquele dia também sejam trazidas à tona e que a lei se responsabilize por elas, porque isso é o justo e o que Jose merece”, indicou.

Interrogada sobre como a polícia a tratou nos primeiros momentos após o disparo, ela afirma que ao chegar ao hospital a colocaram em um quarto privado e fizeram perguntas sobre o reguetonero, sobre seus pertences, seu celular, códigos, e que ela respondeu tudo o que sabia.

Sobre Damian, Teresa explicou que lhe mostraram uma foto no hospital e que ela disse que não o conhecia, mas quando mencionaram o nome, ela disse que sabia que El Taiger tinha um amigo com esse nome.

Em relação ao futuro dos filhos de El Taiger, ele expressou o desejo de que tudo se resolva da melhor maneira e que eles recebam o que merecem e o que era de seu pai.

“Sei que as mães estão unidas. Eu, na verdade, não estou envolvida com isso. Preferi não me meter nessa parte, não por falta de disposição para ajudar, sempre estou disposta a ajudar, mas para dar a eles o seu espaço e que entre o tribunal e os advogados possam resolver isso entre eles”, destacou.

Teresa diz que tudo o que ela deu foi de coração, de seus recursos pessoais, e que não está pedindo retribuição por nada.

"Eu só espero que eles se unam e que tudo se resolva em relação à música, que suas filhas estejam bem e que eles recebam o que merecem, que era o seu pai", afirmou.

Emocionada, Teresa disse que para ela El Taiger "era uma pessoa imensa", a quem sempre dizia "que ele mesmo não sabia o quanto valia".

Contou que em um avião, durante uma viagem para Houston, pouco antes do incidente que acabou com sua vida, o incentivou a mudar de vida.

“Tú não sabe o quanto você é abençoado e Deus lhe deu oportunidades para mudar sua vida, e você não pode continuar levando isso na brincadeira. Você deve escutar a Deus, você tem que mudar sua vida,” teria dito Teresa a El Taiger, ao que ele teria respondido com um abraço e outra pergunta: "Você realmente acredita nisso, negra?".

“El Taiger, para mim, foi uma pessoa muito importante porque, apesar de todas as suas loucuras e peculiaridades, tinha um coração enorme”, acrescentou emocionada Teresa, que admite sentir muito a sua falta, pois falava com ele o tempo todo.

"Posso dizer que agora mesmo sinto muito a sua ausência. Demais. E isso me dói muito, quero que ele esteja em um lugar onde merece estar e que as pessoas sempre reconheçam o quão grande ele foi e que se faça justiça", concluiu.

O chefe da Polícia de Miami, Manuel A. Morales, forneceu nesta quarta-feira novos detalhes sobre o caso do assassinato do reguetonero cubano José Manuel Carbajal, conhecido como El Taiger, e garantiu que têm provas suficientes para alcançar um veredicto de culpabilidade contra o suposto assassino.

Em uma aparição no programa "Encuentro virtual" com a jornalista Gloria Ordaz da Telemundo 51, Morales afirmou que tanto a polícia quanto a Promotoria têm todas as evidências para que o acusado, Damian Valdez-Galloso, seja declarado culpável, e negou que, com as evidências acumuladas, seja possível alegar que o acusado disparou em legítima defesa.

Sobre o pedido para que as acusações sejam elevadas para Homicídio em Primeiro Grau, o funcionário destacou que as autoridades ainda não encontraram provas de que o crime tenha sido premeditado e que as evidências existentes até o momento suportam a acusação de Homicídio em Segundo Grau.

“A evidência é forte, tanto videográfica quanto física, e há duas pessoas envolvidas no fato”, o agressor e a vítima, explicou Morales, afastando assim os argumentos de Teresa.

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