O primeiro de quatro voos que levarão a Cuba mais de 94 toneladas de suprimentos de primeira necessidade, doados pelas Nações Unidas (ONU) e pela União Europeia (UE) para os afetados pelo furacão Oscar em Guantánamo, chegou neste domingo ao Aeroporto Internacional Antonio Maceo Grajales, em Santiago de Cuba.
A ajuda para as pessoas afetadas em Guantánamo pelo devastador furacão, que atingiu esse território entre os dias 20 e 21 de outubro passado, está avaliada em mais de 600.000 dólares, conforme informou em um comunicado o Sistema das Nações Unidas em Cuba.
Esta contribuição busca apoiar cerca de meio milhão de pessoas nos territórios mais afetados da província de Guantánamo, como parte do Plano de Ação do Sistema das Nações Unidas em decorrência do furacão Oscar.
Trata-se de "insumos críticos", que "apoio os esforços nacionais para melhorar as condições de habitabilidade, saúde, água, saneamento e higiene, por meio de medicamentos, insumos médicos, tanques para armazenar água, kits de higiene, pastilhas de cloro, lonas, mosquiteiros, lanternas solares, kits de ferramentas, entre outros", destacou a comunicação.
A doação é fruto de um acordo firmado por cinco agências da ONU (a Agência da ONU para os Refugiados, ACNUR; a Organização Pan-Americana da Saúde, OPS; a Organização Mundial da Saúde, OMS; o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD; e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef) e a União Europeia.
Os voos foram financiados pela UE, com o apoio logístico da Rede de Depósitos de Resposta Humanitária das Nações Unidas (UNHRD) administrada pelo Programa Mundial de Alimentos.
No aeroporto internacional de Santiago de Cuba, o primeiro carregamento de ajuda foi recebido pela secretária do partido na província, Beatriz Johnson Urrutia, e pelo governador Manuel Falcón Hernández. Também esteve presente Isabel Brilhante Pedrosa, embaixadora da UE em Cuba.
No final de outubro, a ONU anunciou a sua intenção de mobilizar 33 milhões de dólares para aliviar os danos causados pelo furacão Óscar na província de Guantánamo, que deixou - segundo cifras oficiais - oito mortos e sérios danos a residências, infraestruturas e campos de cultivo nessa região oriental de Cuba, devido às inundações.
Moradores das localidades mais afetadas apontaram a falha do sistema de Defesa Civil na província, que não alertou a tempo sobre a passagem do furacão nem evacuou os residentes das áreas de risco, enquanto o país enfrentava um apagão geral que o deixou sem eletricidade por mais de quatro dias.
Cubanos residentes dentro e fora da ilha, organizações independentes, instituições religiosas, agências e entidades internacionais, além de governos de vários países, enviaram doações para ajudar a população afetada em Guantánamo.
O Sistema das Nações Unidas e a União Europeia anteciparam que também destinarão recursos para responder ao devastador furacão Rafael no oeste do país.
Em agosto, a UE doou 500.000 euros para apoiar as necessidades de saúde urgentes de crianças, adolescentes e mulheres em idade reprodutiva em Holguín, Havana e Sancti Spíritus.
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