Após a desconexão do Sistema Elétrico Nacional na tarde do domingo, a União Elétrica (UNE) informou que, de maneira temporária, será implementada uma estratégia para dividir o fornecimento elétrico em vários sistemas independentes por regiões.
Esta medida busca garantir a estabilidade do restante do sistema em caso de falhas futuras, segundo informou no Facebook o jornalista Lázaro Manuel Alonso na manhã desta segunda-feira, citando a entidade estatal.
As províncias ocidentais até Havana receberão energia principalmente da termoelétrica de Mariel, que será apoiada pela patana localizada naquela área, pelos grupos de geração a base de combustível e pelo restante da geração distribuída na região ocidental, além da termoelétrica de Santa Cruz.
Para as províncias de Matanzas, Cienfuegos e Villa Clara, a eletricidade será fornecida pela central termelétrica de Guiteras, complementada com geração distribuída nessas províncias.
Em relação à zona central do país, as províncias restantes receberão eletricidade de Nuevitas e outros locais de geração distribuída.
Enquanto isso, na região oriental, o fornecimento de eletricidade dependerá da termoelétrica Renté, da patana localizada na baía de Santiago de Cuba e dos locais em Moa.
Além disso, espera-se que a planta de Felton se incorpore em breve para apoiar o fornecimento nessa área.
Esta divisão do sistema elétrico em regiões busca reduzir os efeitos de futuros falhas e aumentar a estabilidade energética de cada área, em meio a uma crise energética que afeta toda a ilha, segundo concluiu o jornalista governamental a partir das informações da União Elétrica, que ao fechamento desta nota não atualizou sobre a situação desde há mais de 12 horas.
No apartado de comentários da publicação, um residente na província de Mayabeque e outro no município habanero de Playa relataram que estão sem luz há 72 horas.
Em outra publicação, Alonso precisou que "a partir da criação de sistemas por regiões, foi possível restabelecer o serviço elétrico em várias comunidades".
Reitero que, de acordo com a nova estratégia, "as termoelétricas, junto à geração distribuída e flutuante, agora aportam energia aos territórios onde estão localizadas e às províncias próximas".
Uma nova desconexão do Sistema Elétrico Nacional (SEN) ocorreu na tarde deste domingo, após um "disparo" na Central Termoelétrica (CTE) 10 de Outubro em Nuevitas, Camagüey.
Sem oferecer maiores detalhes, o regime se limitou a dizer que trabalhava sem descanso para restabelecer o Sistema Elétrico Nacional.
Desde a última sexta-feira ao meio-dia, quando ocorreu a saída completa do SEN, os cubanos vivem um opressivo e extenso apagão geral, que paralisou o país.
Embora o regime tenha prometido que encontrará uma solução, a crise escalou.
Os chamados "disparos" têm provocado mais tensão no SEN, que vive entre colapsos totais ou parciais, e milhares de cubanos continuam sem eletricidade.
No sábado de manhã, durante o processo de recuperação do SEN após a queda total de energia na sexta-feira ao meio-dia, o sistema desabou novamente. O fornecimento elétrico que chegava a alguns milhares de usuários e alimentava o arranque das termoelétricas através da geração distribuída, desapareceu novamente, levando consigo a esperança de superar a crise.
Esse mesmo dia, a província de Matanzas entrou em apagão geral, depois que ocorreu um "disparo na partida do microsistema elétrico".
Também foram relatados importantes avarias na Unidade 3 da CTE Carlos Manuel de Céspedes, em Cienfuegos, e no bloco de geração No. 3 da CTE Antonio Maceo, também conhecida como Rente, em Santiago de Cuba. Como consequência desta última, ocorreu a queda de um microsistema que afetava as províncias de Santiago de Cuba e Guantánamo, deixando-as sem serviço elétrico.
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