Gaviota celebra importante evento turístico em meio a emergência elétrica em Cuba.

"Gaviota tem a intenção de mostrar as belezas do destino e do polo turístico que começa a se desenvolver em Ramón de Antilla", disse uma publicação do grupo hoteleiro, sem mencionar o colapso do sistema elétrico cubano, nem a desocupação que os residentes daquela povoação costeira sofreram em 2021.


Em meio à emergência elétrica que atinge Cuba desde a sexta-feira passada, o grupo hoteleiro Gaviota, pertencente ao Grupo de Administração Empresarial S.A. (GAESA) sob controle da cúpula do regime cubano, celebrou em grande estilo um importante evento turístico em Holguín.

Com a presença do ministro do Turismo, Juan Carlos García Granda, e do presidente do Grupo de Turismo Gaviota, Carlos M. Latuff Carmenate, na quinta-feira foi inaugurado o ‘Destinos Gaviota 2024’, a sexta edição da Bolsa Turística organizada pelo grupo hoteleiro gerido pelas forças armadas do regime cubano.

Captura de tela Facebook / Gaviota Hotéis - Cuba

“Já começou a VI Bolsa Turística ‘Destinos Gaviota 2024’, o evento mais esperado por todos, desta vez na província oriental de Holguín! Hoje começamos uma emocionante aventura onde a paixão por viagens de natureza e a descoberta se unem. Estamos prontos para conectar com viajantes, profissionais e amantes da aventura. Sejam todos bem-vindos, obrigado por fazerem parte desta experiência única”, anunciou em suas redes sociais o grupo hoteleiro.

Em palavras de García Granda, “Gaviota tem a intenção de mostrar aos participantes as belezas do destino e do polo turístico que começa a se desenvolver em Ramón de Antilla”.

Captura de tela Facebook / Revista Bienvenidos

“Hoje lançamos algo mais especial, o novo Hotel Playa Luxury em Cayo Guillermo. Este será um referencial no Caribe. Tenho certeza de que, quando cruzarem as portas de qualquer hotel Playa Luxury, sentirão que chegaram a um lugar onde o luxo e a alma cubana se encontram”, disse Latuff Carmenate em um discurso proferido no evento.

A VI Bolsa Turística ‘Destinos Gaviota 2024’, que acontecerá até segunda-feira, 21 de outubro, reúne operadores turísticos, agentes de viagens, companhias aéreas, imprensa estrangeira e outros convidados em meio à mais aguda crise da história do sistema eletroenergético nacional (SEN), totalmente colapsado desde sexta-feira.

Captura de tela Facebook / Agência de Viagens San Cristóbal

Acorde à Agência de Viagens San Cristóbal, o evento "é o segundo de maior importância para o turismo em Cuba, devido a que reúne profissionais do setor, a imprensa especializada, uma seleção dos melhores vendedores varejistas dos operadores turísticos, bem como executivos das cadeias hoteleiras que trabalham em conjunto com o Grupo".

Com o país praticamente paralisado, sem transporte, com a maioria dos trabalhadores em casa, os estudantes sem assistir às aulas e os cubanos sobrevivendo a jornadas de apagões infernais, o regime cubano não economizou recursos para celebrar o 'Destinos Gaviota 2024' e mostrar aos convidados as novas instalações hoteleiras construídas em Ramón de Antilla.

Enquanto o governante Miguel Díaz-Canel evade sua responsabilidade e culpa o embargo estadunidense pelo colapso do SEN, deteriorado pela falta de investimentos, a GAESA – a empresa que controla mais de 70% da economia dolarizada do país sem qualquer fiscalização – continua com sua desenfreada corrida de investimentos no setor turístico.

Não importa que as estatísticas demonstrem a queda deste setor desde 2020, com menos viajantes e ocupação hoteleira do que nunca. Desde então, a cúpula do regime cubano continua investindo um dinheiro e recursos que não se sabe de onde vêm na construção de hotéis e infraestruturas para o turismo.

Em 2021, o comandante Ramiro Valdés revelava que Cuba precisava de 250 milhões de dólares anuais para manter sua matriz energética.

Nesse mesmo ano, o regime destinava 4,138 milhões de dólares em ativos imobiliários, alguns deles instalações de luxo construídas em Havana, Varadero e Holguín, província onde, em outubro de 2021, a GAESA procedia com a desocupação de famílias na aldeia costeira Ramón de Antilla, esse enclave que deixou de pertencer aos cubanos para passar às mãos das famílias mafiosas da ditadura.

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