A exportação de petróleo venezuelano não atravessa seu melhor momento depois de ter caído 9% durante o mês de setembro. Fatores como os apagões, falhas nos equipamentos da estatal PDVSA, as sanções dos Estados Unidos e a incerteza eleitoral continuam afetando o setor petrolífero venezuelano. Com o objetivo de reduzir a dependência dos hidrocarbonetos e gerar novas fontes de divisas, ao mesmo tempo em que se promovem exportações não petrolíferas, o país sul-americano começou a exportar a medusa "Bola de Cañón", também conhecida como "Aguamala".
Em 2023, a Venezuela exportou mais de 156 toneladas desta espécie marinha para a Coreia do Sul. A medusa, que antes era vista como um problema nas costas venezuelanas devido ao seu impacto no turismo, encontrou um nicho no mercado asiático, onde é apreciada por suas propriedades culinárias e medicinais. Em países como China, Japão, Coreia do Sul e Tailândia, é utilizada em pratos como sashimi ou sopas tradicionais.
A Venezuela agora busca entrar de cheio na indústria exportadora, onde já participam países como Argentina, México, Peru e Colômbia, que consolidaram sua produção após anos de experiência em exportação. No entanto, o país sul-americano conta com uma vantagem graças à abundância natural de águas-vivas em suas costas, e as tensões comerciais internacionais podem jogar a seu favor. O país está decidido a concentrar seus esforços na aquicultura como parte de sua estratégia de diversificação econômica.
A Bola de Cañón possui um filamento tóxico em seus tentáculos, que utiliza como mecanismo de defesa e que pode causar desde erupções na pele até problemas graves como asfixia ou anafilaxia. Apesar disso, esta espécie é segura para o consumo humano quando processada adequadamente.
No contexto global, e em meio ao conflito no Oriente Médio, o secretário-geral da OPEP visitou a Venezuela para analisar o mercado energético mundial. Atualmente, a PDVSA produz aproximadamente 922 mil barris por dia, uma cifra muito inferior à de anos anteriores, em parte devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, que limitam a capacidade da Venezuela de comerciar livremente no mercado internacional.
O que você acha?
COMENTARArquivado em: