Francisco Durán García, diretor nacional de Higiene e Epidemiologia, compareceu nesta quarta-feira na Televisão Cubana para informar sobre o irreprimível aumento do dengue e do vírus do Oropouche no país.
Durán García explicou que o dengue continua presente em 13 províncias, mas aumenta a quantidade de municípios: 45, e 50 áreas de saúde.
Precisamos que há um considerável aumento na taxa de incidência, principalmente em Santiago de Cuba, Havana, Guantánamo e Camagüey, que foram citadas como as províncias mais afetadas no momento.
O especialista disse que há “numerosos casos internados” com dengue no país, dos quais comentou que alguns estão em terapia intensiva. Em nenhum dos dois casos forneceu números.
Como disse em ocasiões anteriores, o epidemiologista recomendou que diante dos primeiros sintomas se vá ao médico, e reiterou que a dengue sim é uma doença que pode ter tendência a complicações.
No caso do vírus Oropouche, há transmissão nas 15 províncias, 109 municípios e 197 áreas de saúde.
Também há um aumento de casos, embora no caso dessa doença as complicações sejam menores, embora Durán García tenha dito que há algumas internações hospitalares por esse vírus.
Insto especialmente as mulheres grávidas a se protegerem contra a picada de mosquitos, pois em países como o Brasil ocorreram casos de "transmissão vertical", ou seja, de mãe para feto, o que resultou em alguns casos em óbito fetal ou malformações congênitas.
De forma geral, Francisco Durán García admitiu que agora mesmo a infestação de mosquitos em Cuba “é muita, muito alta”.
Aludiu a fatores que pioram o panorama, como o calor, as chuvas e “lamentavelmente se soma 'o saneamento', que é preciso mencionar e que tem uma grande importância”, disse de forma eufemística em referência à grave crise na coleta de lixo que afeta Havana e outras províncias do país.
Por último, Durán García convidou os cubanos a usar "mosquiteiros e repelentes" como forma de evitar serem picados pelos mosquitos causadores de ambas as doenças.
Em ocasiões anteriores, Durán García enfatizou a necessidade de consultar imediatamente um médico diante de qualquer sintoma associado a dores de cabeça, articulares, vômitos, diarreias e febres altas, pois é necessário realizar um diagnóstico adequado devido à circulação de ambas as arboviroses, que apresentam uma sintomatologia bastante similar.
Há poucos dias, a doutora Ileana Morales Suárez, diretora de Ciência e Inovação Tecnológica do MINSAP, indicou que desde maio haviam se acumulado cerca de 12.000 casos suspeitos de Oropouche, alguns dos quais mostraram complicações neurológicas e manifestações clínicas não descritas anteriormente na literatura médica.
As autoridades de saúde sublinharam a importância de manter um ambiente limpo e de eliminar os criadouros de mosquitos, uma medida chave para prevenir a proliferação destes vetores, embora o regime tenha reconhecido que não dispõe de recursos nem combustível para impulsionar campanhas de fumigação e controle.
Segundo o jornal, atualmente o Centro de Imunoensaio está tentando elaborar um kit de diagnóstico para Oropouche, enquanto o Instituto Finlay avalia a viabilidade de desenvolver uma vacina para a prevenção desta doença.
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