Uma cubana expressou neste domingo sua indignação nas redes sociais após o que qualificou como um abuso por parte de um motorista, que lhe cobrou 1.000 pesos por transportá-la de Alamar a Matanzas, utilizando um veículo estatal e gasolina fornecida pelo governo.
Omara Suárez Santana, residente em Havana, denunciou no Facebook o que considerou um roubo: “E a mim que ninguém me diga nada, os primeiros estelionatários são os motoristas do estado que abusam da população”.
“Estamos como estamos porque não há quem pare essas fraudes”, expressou Suárez em sua publicação, destacando que esse tipo de prática é frequente nos fins de semana, quando muitos motoristas do Estado utilizam os recursos do governo para tratar de seus assuntos privados.
Em sua denúncia, a mulher explicou que tirou fotos do veículo envolvido, embora lamentasse não ter capturado o rosto do motorista.
No entanto, indicou que tem a matrícula do automóvel e planeja enviar a evidência a diversos ministérios, começando pelo de Transportes, para que as autoridades tomem as devidas providências.
A situação do transporte em Cuba continua se deteriorando, e esse tipo de denúncias reflete o crescente descontentamento entre os cidadãos que dependem do transporte estatal, que a cada dia deixa mais pessoas desamparadas.
Em julho passado, o governo cubano reconheceu a crise do transporte no país, revelando que mais da metade das rotas provinciais estão paralisadas, conforme informado durante uma sessão do Parlamento cubano.
Eduardo Rodríguez Dávila, ministro de Transporte (Mitrans), indicou que ao fim de abril, 52% das rotas das empresas provinciais de transporte estavam paralisadas, segundo informou o jornal oficialista Granma.
O próprio mandatário cubano Miguel Díaz-Canel reconheceu a desastrosa situação do transporte em Cuba; no entanto, afirmou que se trata de um fenômeno vinculado à crise mundial.
Durante o programa de YouTube ‘Desde la Presidencia’, que ele mesmo apresenta, o governante afirmou que o setor se encontra nos "piores momentos dos últimos anos".
Um exemplo do anterior foi a recente paralisação do transporte público na província de Pinar del Río por falta de combustível.
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