Dos cubanos foram detidos pela polícia após uma denúncia por sua possível participação em um assalto no município Diez de Octubre, Havana, onde utilizaram facas para roubar um casal.
Durante o assalto, foram subtraídos "várias peças e objetos de considerável valor", segundo um reportagens do oficialista Canal Caribe, que não especificou a data do roubo.
Com o objetivo de exaltar o trabalho da polícia cubana, o referido trabalho fala de uma rápida atuação dos agentes para resolver o caso.
“O processo foi rápido, quando fizemos a denúncia, três dias depois, mais ou menos, me ligaram para poder identificá-lo porque já havia feito o retrato falado e pude identificá-lo”, disse uma das denunciantes.
Aos supostos ladrões foi encontrada uma arma de fabricação artesanal e um revólver. Nenhum dos dois estava apto para o disparo, esclarece o relatório. Além disso, um dos envolvidos tinha antecedentes criminais.
Os dois acusados foram considerados culpados do crime de roubo com violência e intimidação às pessoas, assim como da posse e porte ilegal de armas ou explosivos. Anteriormente, a promotoria já havia aprovado a medida cautelar de prisão provisória.
Apesar da apresentação do caso, os porta-vozes do regime não explicaram os anos recebidos pelos dois criminosos, embora tenham dito que “depois do julgamento, segundo a própria vítima, ela se sentiu mais tranquila ao saber que os acusados não estarão na rua por um bom tempo”.
O Tenente Coronel Osmany Alfonso Ruiz, segundo chefe do Departamento de 100 e Aldabó, uma das prisões mais conhecidas na ilha pela aplicação de métodos de repressão, reconheceu que “100% dos fatos não se esclarece” e expressou que “gostariam de chegar à perfeição, mas posso dizer que, pelo menos, os fatos de roubo com violência, com grande magnitude, com grande repercussão social, quase sempre se esclarecem”.
O governo cubano aceitou em junho último o preocupante aumento na violência criminal na ilha, incluindo o uso de armas de fogo.
O primeiro coronel Eddy Sierra Arias, chefe da Direção Geral da Polícia Nacional Revolucionária, declarou no programa Mesa Redonda que a deterioração dos valores éticos está contribuindo para o aumento da atividade delitiva no país.
"As manifestações fundamentais, embora não sejam as únicas, são os crimes contra o patrimônio, os roubos em residências, os casos relacionados ao furto de celulares, motocicletas e os pertences em geral da população que é afetada," explicou Sierra Arias.
As denúncias sobre este alarmante indicador negativo da sociedade cubana são recorrentes nas redes sociais, como foi o recente caso de uma cubana que ofereceu uma recompensa de 100 dólares a quem devolvesse sua bolsa, que foi roubada enquanto assistia à feira da Virgem do Caminho em Havana.
A vítima do roubo, levava na bolsa o seu telefone celular e documentos pessoais, incluindo os cartões de identidade tanto dela quanto de seu filho.
Em uma rua de Cárdenas, Matanzas, roubaram de uma idosa de 70 anos uma corrente, alguns brincos e um anel.
Os turistas também são alvo de criminosos. Tal foi o caso de uma turista canadense a quem roubaram seus pertences no hotel Marea del Portillo, em Manzanillo, Granma.
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