Em meio à falta de medicamentos e aos constantes pedidos de vistos humanitários para atender doentes fora da ilha, a organização Cruz Verde anunciou um programa de ajuda para pacientes graves em Cuba.
A representante da organização, Taimy Venero, explicou que este novo programa surge em benefício daquelas pessoas que padecem de doenças e não podem acessar os medicamentos na ilha.
Cruz Verde indicou que o acesso aos tratamentos desta organização será de pessoa para pessoa, por isso buscam evitar qualquer intervenção governamental que provoque desvios, informou um relatório da rede Telemundo 51.
Para alcançar esse objetivo, as pessoas interessadas em receber ajuda podem entrar em contato com eles através do e-mail ajuda@greencross.org, apontou Venero.
Os familiares ou amigos próximos do paciente poderão enviar, através deste meio, o histórico clínico e detalhes específicos sobre a situação médica do paciente.
Assim pretendem que o contato seja diretamente entre a equipe médica que atende ao paciente e seus próprios profissionais, com o objetivo de garantir uma compreensão total das necessidades e poder fornecer os medicamentos exatos que são necessários.
Desde vários anos, os cubanos recorrem às redes sociais para visibilizar seus casos e com a esperança de que alguém os ajude a solicitar um visto humanitário, principalmente para os Estados Unidos, que geralmente o concede, desde que sejam atendidos os requisitos econômicos indispensáveis para assumir o custo da operação ou tratamento, diante das carências de material médico e infraestrutura que se vive na ilha.
O caso mais notório e que teve um desfecho feliz é o da menina cubana Amanda Lemus Ortiz, que após muitos meses de espera, finalmente pôde ser submetida a um transplante de fígado na Espanha, e atualmente vive uma vida normal junto aos seus pais na nação ibérica.
O setor da Saúde em Cuba apresenta graves afetos com os insumos e o êxodo de profissionais, questão que tem sido reconhecida pelos dirigentes cubanos.
"Diante da carência de insumos e medicamentos, a melhor resposta que podemos dar à nossa população em tempos tão difíceis é a qualidade dos serviços. Com carências, nós as teremos, vamos continuar com a carência de medicamentos", afirmou o governante Miguel Díaz-Canel durante uma reunião, no início deste ano, na qual revelou que a escassez de medicamentos na Ilha continuaria durante este ano.
Diversas têm sido as denúncias sobre o péssimo estado que apresentam as instalações hospitalares em Cuba.
Por isso, a importância de colaborações como a da Cruz Verde, que oferece um halo de esperança aos enfermos e seus familiares.
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