Jovem com linfedema pede ajuda econômica: "Sou órfão"

O jovem cubano Dayan Sotolongo, que padece de elefantíase em ambas as pernas, reiterou seu pedido de ajuda econômica para viajar para a Espanha, onde poderá receber tratamento.

“Por favor, peço de todo coração às pessoas que estão vendo este vídeo que me ajudem. Tive que sair do lugar onde estava morando para vir a Havana para iniciar um tratamento e poder fazer os trâmites para viajar para a Espanha para operar-me”, explicou o jovem em um vídeo publicado pelo meio independente CubaNet.

Dayan é um rapaz de 19 anos de Pinar del Río que mal consegue andar e sofre fortes dores devido ao linfedema de grau quatro que tem nas extremidades. Seus únicos rendimentos vêm de uma ajuda da Assistência Social de 1.500 pesos, equivalente a 5 dólares no mercado informal cubano.

"Tenho apenas 19 anos. Sou órfão de pai e mãe. Só tenho minha irmã viva [Dayanis Sotolongo], que é quem está comigo. Peço, por favor, me ajudem financeiramente para que eu possa me sustentar", disse o jovem.

Em maio, Dayan fez um pedido de ajuda econômica para arrecadar o dinheiro necessário para viajar à Espanha para se operar. Para isso, ele publicou seu número de telefone (50781272) e pediu a todos que pudessem ajudar que lhe escrevessem.

Seu caso comoveu o humorista Andy Vázquez, que fez uma live para arrecadar dinheiro. Andy descreveu os problemas que Dayan teve em Cuba, onde os médicos lhe disseram que não têm nenhuma solução.

"Ele já tem tudo para viajar para a Espanha; um médico ou um hospital já se encarregaram e disseram que vai operar, só precisa pagar as passagens. São dois órfãos, não têm nem pai nem mãe, vivem sozinhos. A irmã se encarregou de ajudar seu irmãozinho, como é lógico", explicou.

Andy sinalizou que ele mesmo arrecadará o dinheiro em sua conta privada. Para isso, pediu que entrassem em contato com o número +1 786-697-6201. Ele responderá e dirá para onde podem enviar as doações. Em menos de uma hora após o início da transmissão ao vivo, o humorista conseguiu reunir quase 1.000 dólares.

"Do único que lhe falta para poder ir para a Espanha é o dinheiro da passagem. Como vocês podem observar suas pernas, ele tem que ir em primeira classe porque não cabe em um assento regular. A passagem em primeira classe custa 1.700 dólares (em média) e a da irmã dele, 800. Seria um total de 2.500 dólares", detalhou.

Em fevereiro, Dayan Sotolongo pediu um visto humanitário porque no sistema de saúde cubano, ao qual recorreu durante sete anos, não lhe deram nem mesmo um alívio para sua doença. No entanto, há hospitais nos Estados Unidos e na Espanha que mostraram disposição para estudar seu caso e oferecer atendimento.

Dayan decidiu publicar seu caso nas redes sociais para pedir ajuda. "A partir do momento em que publiquei o vídeo contando minha história, vieram me visitar pessoas do Partido Comunista de Cuba e médicos, pessoas que eu nunca havia conhecido antes. Disseram que iriam começar a me ajudar e os dias vão passando, mas até agora não vi nada", disse o jovem.

“Sei que em outros países do mundo há uma máquina que pode detectar o que provoca a inflamação nas minhas pernas. Não há nenhuma aqui em Cuba. É para fazer uma linfografia. Nunca me fizeram esse teste e isso poderia dar respostas aos médicos e solução para meus problemas de saúde”, explicou o jovem em fevereiro.

"A única coisa que posso pedir é que, por favor, dêem um aviso para uma ajuda humanitária. Preciso ir com minha irmã para os Estados Unidos ou outro país onde possam cuidar dos meus pés. Gostaria de estar bem, ser igual a outros jovens, viver minha vida normal, criar um dia minha própria família. É a única coisa que peço. Aqui em Cuba sei que não vou conseguir, porque não há nada", sublinhou.