Zelenski sobre denúncias de grupos Wagner na Venezuela: "Trazem morte e desestabilização"

O grupo Wagner está presente na Venezuela desde 2019.

Zelensky y Grupo Wagner en Venezuela © X
Zelensky e Grupo Wagner na VenezuelaFoto © X

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, condenou a suposta presença de mercenários russos do grupo Wagner na Venezuela, colaborando com as forças governamentais para reprimir o povo, que exige nas ruas transparência sobre os resultados das eleições.

Zelenski não hesitou em condenar a situação e afirmou que "onde quer que esses matadores vão, trazem morte e desestabilização."

"Este é um claro exemplo da descarada intromissão da Rússia nos assuntos de outros países, assim como de sua estratégia habitual de semear o caos em todo o mundo," acrescentou Zelenski, em meio à grave situação na Venezuela pelo suposto roubo das eleições por parte de Nicolás Maduro.

O presidente ucraniano destacou as dificuldades que o povo venezuelano enfrenta e apontou que a única solução viável é por meio de procedimentos pacíficos e democráticos.

"Vemos que o povo da Venezuela está passando por um momento muito difícil. E a única saída é por meio de procedimentos pacíficos e democráticos, não enviando assassinos para exacerbar ainda mais a situação", comentou.

Zelenski fez um apelo ao respeito pela vontade do povo venezuelano e condenou o uso da força contra manifestantes pacíficos.

"Condenamos o uso da força contra manifestantes pacíficos e instamos a todos a respeitar a escolha do povo. Os verdadeiros líderes não se escondem de seu próprio povo às costas dos mercenários", ressaltou.

A presença do grupo Wagner na Venezuela não é um fenômeno novo.

Em 2019, a Reuters reportou que esta empresa privada, criada por um ex-militar do serviço de inteligência russo, estava na Venezuela para proteger o ditador Nicolás Maduro.

Foi relatado que Maduro pagava um mínimo de 240.000 dólares diários pelos serviços do grupo Wagner, fundado em 2013 por Dmitri Utkin, que esteve envolvido em conflitos na Síria, Ucrânia e na República Centro-Africana.

O grupo Wagner era financiado por Evgueni Prigozhin, o empresário próximo a Vladimir Putin que depois protagonizou a tentativa de golpe de Estado em agosto de 2023.

Sua presença na Venezuela segue os passos da influência russa em diversas regiões estratégicas, onde Putin busca proteger seus interesses econômicos e políticos.

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