Lester Domínguez, o jovem cubano que em março de 2023 foi atacado com facões em Holguín, e que desde então não pode andar, enviou nesta quarta-feira uma mensagem a todos os seguidores de CiberCuba, assegurando que se sente melhor, que seu estado de ânimo e de saúde está bom e agradecendo a todos por estarem atentos à sua evolução.
"Faço este vídeo para dizer que aqui no hospital Julito Díaz estou melhorando consideravelmente. Já posso mover melhor meus joelhos, minhas pernas, meus tornozelos. Estou ganhando força na coluna, nos ombros e nos braços e até nas mãos. Melhorei bastante aqui e estou melhor de saúde. Me sinto muito bem e estou feliz. Aqui o atendimento é excelente. Meu reabilitador está muito capacitado e com a terapia ocupacional, o ozônio e os exercícios respiratórios melhorei bastante. Não posso me queixar", ressaltou.
Além disso, deixou claras suas vontades de se recuperar. "Se Deus quiser, eu vou conseguir. Muito obrigado a todos que se preocuparam comigo. Que Deus os abençoe", concluiu em uma mensagem enviada a esta redação.
No dia 26 de junho, Lester Domínguez chegou ao hospital nacional de reabilitação Julio Díaz, em Fontanar, Boyeros, em Havana, depois de passar um ano e três meses sem conseguir dar um passo. A família teve dificuldades para conseguir a internação neste centro e, em algum momento, o jovem pediu ao pai que o tirasse de Cuba para poder receber o tratamento que poderia devolver a mobilidade nas pernas. O pai chegou a considerar a saída por Nicarágua, para evitar ter que estar pedindo constantemente ajuda aos parentes que têm fora da Ilha.
O jovem iniciou a reabilitação no Julio Díaz no dia 19 de julho deste ano, justo quando completou 19 anos. Fez isso com a esperança de poder andar em alguns meses. Este aniversário foi diferente do do ano passado, quando celebrou a maioridade cercado de amigos, mas com uma traqueostomia. Ele tinha uma úlcera na costas que demorou meses para cicatrizar, mas que finalmente sarou. Este ano, a evolução é ainda mais notável.
Lester Domínguez tinha 17 anos quando foi assaltado em março de 2023 para roubar um celular Huawei. Após receber um golpe de machete, ficou internado em terapia intensiva, sobreviveu, mas não voltou a andar. Seu agressor, identificado como Adrián Grass Bermúdez, ex-namorado da irmã de Lester, foi julgado em maio deste ano. Dennis Domínguez, pai da vítima, temia que, como a pessoa que o acompanhava no dia da agressão ao seu filho se enforcou, agora a culpassem por tudo o que ocorreu e o agressor ficasse livre.
Ao final do julgamento, no qual pedem 20 anos para Adrián Grass pela agressão a Lester e mais quatro anos pelo roubo de quatro telefones, o pai do jovem atacado contou que quem foi visto de bicicleta e com um facão, com restos de sangue de Lester, na noite do fatídico assalto, foi Adrián. Além disso, encontraram enterrado no pátio da sua casa o celular que havia sido tomado de seu filho.
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