Duas novas paradas no trajeto do trem nacional que percorre Santiago de Cuba a Havana foram anunciadas por autoridades do Ministério dos Transportes na ilha.
“A partir de hoje, 22 de julho, os trens nacionais de passageiros farão paradas adicionais em novas localidades para facilitar que os passageiros que viajem para esses destinos possam embarcar ou desembarcar do trem lá, sem que tenham que se deslocar para lugares distantes em circunstâncias em que as províncias e localidades do país têm sérias limitações com o transporte”, escreveu em uma publicação no Facebook o Ministro do Transporte Eduardo Rodríguez Dávila.
O funcionário indicou que essas paradas serão no município de Mella, em Santiago de Cuba, e na localidade de Cacocum, em Holguín, as quais serão realizadas pelo trem número 12 com origem em Santiago de Cuba e destino a La Habana.
Além disso, informou que esse trem “que habitualmente saía às 15h05, sairá a partir de hoje às 15h10 com chegada a Havana planejada para às 9h15 do dia seguinte”.
No início deste mês, a Empresa de Ferrocarriles de Oriente (EFO) anunciou a entrada em funcionamento de novos itinerários nessa região do país, coincidindo com a temporada de verão na ilha.
Para eles, prevêem a rota Santiago-Manzanillo, Bayamo-Manzanillo e Holguín-Antilla, e além disso está sendo avaliada a reincorporação da Guantánamo-Holguín, segundo informou ao diário oficialista Granma, Yasnay Sánchez Robert, diretora de Operações dessa entidade regional.
A diretiva acrescentou que o subsídio estatal se mantém no que diz respeito às tarifas, ou seja, não haverá aumento do preço dos bilhetes em relação ao serviço anterior de rotas semelhantes.
Prevê-se também que estes itinerários permaneçam além dos meses de julho e agosto.
Apesar dessas novas incorporações, a crise do transporte em Cuba continua aguda. Recentemente, foi divulgado que em Santiago de Cuba estão pagando até 1.500 pesos para se inscrever em uma lista de espera clandestina que existe na estação de trem para conseguir viajar.
"Estamos aqui há semanas tentando viajar e não conseguimos nada. Do lado de fora, há cerca de cinco listas feitas por pessoas que têm isso como negócio e o povo necessitado é quem não consegue resolver. Cobram 1.500 pesos, não para se inscrever, mas para ser adicionado na tal lista", detalhou uma afetada ao jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada.
Em outras ocasiões, imagens têm se tornado virais em que viajantes são obrigados a empurrar um antigo trem. Assim ocorreu há poucas semanas com um trem que fazia o trajeto entre o município Sagua la Grande e Santa Clara, em Villa Clara, em uma cena que não é inédita em Cuba.
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