O cubano Amauris Romero Despaigne, que havia sido reportado desaparecido em abril passado em Cancún, México, foi encontrado morto nas últimas horas, de acordo com publicações em redes sociais.
Há vários dias fiz uma publicação pedindo para compartilhar, a fim de encontrar a localização de Amaury, que estava em Cancún, no México, e infelizmente foi encontrado, porém sem vida... - informou na segunda-feira a cubana Yaite Lazo pelo Facebook.
"EPD irmão da Ilha da Juventude, não conseguiste concretizar os teus sonhos", lamentou na sua mensagem emotiva. "Esse é o risco de todo cubano que arrisca a sua vida deixando para trás família, amizades, em busca de um futuro melhor. Sinto muito EPD, as minhas condolências mais profundas aos familiares e amigos, um forte abraço à distância e peço clemência e piedade, meu Deus todo-poderoso, para a minha família e outros cubanos que se encontram no México".
Romero, natural da Ilha da Juventude, foi visto pela última vez em 30 de abril no porto de Cancún, no estado de Quintana Roo. Naquele dia, saiu para trabalhar no horário habitual, das 22:00 às 06:00, e, ao terminar, dirigiu-se à residência onde estava alugado, mas nunca chegou, conforme publicado no grupo do Facebook "Cubanos em Cancún-1" por AnDef Lescaille Leyva, que foi vizinha do jovem em Cuba.
Angustiados pela sua desaparição, familiares e amigos deram o alerta nas redes sociais e fizeram um apelo urgente à comunidade, a fim de obter informações que possibilitassem encontrá-lo. Páginas do México também ecoaram o acontecimento.
Mas foi apenas nesta semana que o desfecho fatal veio à tona, embora as circunstâncias da morte do cubano ainda sejam desconhecidas. De acordo com seus conhecidos, ele estava no México em processo migratório em direção aos Estados Unidos.
A morte de Romero junta-se à extensa lista de cubanos que perderam a vida enquanto faziam a travessia para chegar às terras americanas em busca de oportunidades para melhorar seu futuro, após deixarem Cuba devido à aguda crise sistêmica pela qual o país passa.
De acordo com relatórios dos últimos meses, vários cubanos faleceram em acidentes de trânsito, por causas naturais ou assassinados, o que evidencia o risco que os imigrantes da ilha enfrentam ao tentar reconstruir suas vidas em outras partes do mundo.
No mês passado, o jovem de 26 anos, Eric Marcos Reyes Pupo, natural de Puerto Padre, em Las Tunas, foi morto a tiro no México, onde havia chegado com a esperança de entrar nos EUA e começar uma nova etapa de vida reunindo-se com sua mãe.
Também faleceu antes de se encontrar com um de seus filhos, Erenia Victoria Escalona, de 34 anos e natural de Manzanillo, Granma, que foi vítima de um acidente de trânsito dentro das instalações do Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM), em maio.
Enrique Gousson Cabrera, de 52 anos, e Margarita Bea Martínez, de 53 anos, um casal de cubanos naturais de Havana e que estavam em Paramaribo, Suriname, foram fatalmente atropelados por um carro enquanto viajavam em uma motocicleta em março.
Um padre natural de Santiago de Cuba também foi esfaqueado até a morte no México, onde esperava há dois anos o encontro CBP One para entrar nos Estados Unidos.
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