Um homem morre na rua, no meio da rua, em Santiago de Cuba.

O cadáver permaneceu por mais de três horas em uma calçada, sem que a equipe de Medicina Legal tenha comparecido ao local para removê-lo.


Um homem mais velho morreu nesta segunda-feira no meio da rua da cidade de Santiago de Cuba por causas desconhecidas.

O senhor - que aparentemente vivia na rua e era conhecido como "Chepio" - morreu na rua San Bartolomé entre Santa Isabel e Martí, perto do Paseo Martí, conforme divulgado no Facebook pelo jornalista Yosmany Mayeta Labrada.

Segundo o testemunho de moradores da região, o homem não tinha casa porque a tinha vendido e estava sempre sentado nos bancos da Avenida Martí.

Imagens publicadas pelo comunicador mostraram que o cadáver foi coberto por um saco branco que estava na mala de um carro patrulha que chegou ao local, a primeira autoridade a chegar.

"Esperamos que as autoridades de Santiago de Cuba não demorem em recolher o cadáver que está em plena via pública", disse Mayeta Labrada.

No entanto, em outra publicação três horas depois, o jornalista desafiou a primeira secretária do Partido nessa província, Beatriz Johnson Urrutia, uma vez que o cadáver continua jogado na rua sem que a Medicina Legal tenha comparecido ao local do incidente.

Faço um apelo aos insensíveis, Beatriz Johnson Urrutia, a Manuel Falcón Hernández, governador provincial; Direção Provincial de Saúde de Santiago de Cuba, e a cada instituição que deveria estar a par deste lamentável incidente. As pessoas estão morrendo em suas casas e vocês as recolhem em 24 horas e mais, muitos morrem nas ruas e são deixados lá como um cachorro", queixou-se o comunicador.

Yosmany Mayeta também mencionou outros incidentes macabros recentes, como a queda de caixões em plena rua enquanto os cadáveres são transportados nos pouquíssimos veículos que prestam esse serviço na província oriental.

As funerárias e cemitérios estão sobrecarregados e vocês dizem que não está acontecendo nada", concluiu indignado o comunicador, radicado em Washington, mas que permanece muito atento a todo tipo de acontecimento que ocorre em sua província de nascimento graças à extensa rede de seguidores que possui na referida rede social.

Até o fechamento desta nota, não há mais detalhes sobre as circunstâncias da morte deste santiaguero, cujo falecimento se soma a uma crescente lista de mortes na província oriental, em meio a uma situação epidemiológica complexa com a confirmação da circulação de quatro vírus: dengue, influenza, oropouche e SARS-CoV-2, este último causador da COVID-19, conforme alertado por fontes oficiais.

Aris Batalla, representante da Cruz Vermelha em Santiago de Cuba, informou recentemente que a presença desses vírus coloca a população em risco, a qual deve aumentar as medidas preventivas em meio a uma extrema escassez de medicamentos como analgésicos e antipiréticos.

O diretor nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública (MINSAP), Francisco Durán, reconheceu que o país não tem combustível para pulverizar contra os mosquitos, em meio a uma crescente presença do Vírus Oropouche em Cuba.

Nesse contexto, foi divulgado que o hospital provincial Saturnino Lora de Santiago de Cuba está colapsado, sem camas e recursos, para atender o crescente número de pacientes.

Em outro acontecimento luctuoso recente, ocorrido também em Santiago de Cuba, faleceu um adolescente de 17 anos que estava internado sem um diagnóstico claro em um hospital dessa província.

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