Cubano em Tapachula abre caminho como pedreiro após recusa de asilo nos EUA.

Um cubano em Tapachula trabalha como pedreiro após a recusa de asilo nos EUA. Este homem não desiste, continua buscando um futuro melhor e tranquilidade para sua família.

Tapachula (imagen de referencia) © YouTube
Tapachula (imagem de referência)Foto © YouTube

Carlos Rodríguez, um cubano que chegou ao México com a esperança de cruzar a fronteira para se estabelecer nos Estados Unidos, sofreu um duro golpe do destino e teve que iniciar seu projeto de vida em Tapachula.

A solicitação de asilo de Rodríguez nos Estados Unidos foi negada após atravessar a fronteira de forma irregular e ser devolvido ao México. O cubano preferiu começar a trabalhar como pedreiro em Tapachula, recomeçando do zero, em vez de retornar à sua terra natal.

"Não tive nenhum problema no meu país. Saí em busca de melhores oportunidades de vida, mas o asilo é reservado para aqueles que não podem voltar ao seu local de origem, e por isso me foi negado", disse Rodríguez em entrevista ao Diario del Sur.

Muitos migrantes cubanos chegam a Tapachula e precisam passar lá longos períodos de espera por agendamentos do CBP One, ou pelos documentos que lhes permitem se deslocar dentro do país mexicano.

O que deveria ser uma cidade de trânsito está se tornando aos poucos um lugar onde milhares de estrangeiros acabam se aclimatando, se reinventando profissionalmente e fincando raízes.

Em 2023, Tapachula recebeu cerca de 77.750 pedidos de asilo, mas apenas 10% dos requerentes permaneceram na cidade. A maioria dos migrantes continuou sua jornada em direção ao norte do México, em direção à fronteira.

90% dos requerentes de asilo no México deixam Tapachula devido a vários fatores, destacando-se a situação caótica na administração dos serviços públicos e a presença de gangues criminosas como as Maras Salvatruchas.

Muitos cubanos sonham em chegar aos Estados Unidos, mas no meu caso, só quero um lugar onde possa viver tranquilamente com a minha família, já que em Cuba as coisas estão muito complicadas devido às políticas do governo", comentou Rodríguez, destacando que se sente feliz e livre em Tapachula.

Estatísticas recentes do Instituto Nacional de Migração (INM) indicam que entre janeiro e maio de 2024, foram registrados 27.404 cubanos, um fluxo migratório que parece não parar.

Uma vez em Tapachula, todos os cubanos sentem-se livres e isso é mais do que suficiente para mim", afirmou Rodríguez, que agora olha para o futuro com esperança.

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