A Disney e o governador da Flórida, Ron DeSantis, encerraram sua disputa legal depois de chegarem a um acordo sobre o funcionamento da empresa de entretenimento dos Estados Unidos e as operações do distrito nas próximas duas décadas.
Após o extenso processo de negociações ter sido concluído, a empresa decidiu retirar a queixa para encerrar o conflito e deixar várias propostas na mesa que beneficiam ambas as partes.
Segundo as informações da AmericaTeVé, com o pacto, que terá uma validade de 15 anos, o grupo concordou em investir 17.000 milhões de dólares na Disney World, enquanto a administração de DeSantis comprometeu-se em realizar melhorias de infraestrutura na propriedade do parque temático.
Além disso, o distrito manterá a seu cargo serviços municipais como bombeiros, planejamento e controle de mosquitos, entre outros.
"Este novo acordo de desenvolvimento prepara o caminho para que invistamos milhões de dólares no Walt Disney World Resort, apoiando o crescimento deste destino global, impulsionando a economia da Flórida e permitindo-nos proporcionar experiências ainda mais memoráveis e extraordinárias aos nossos visitantes", disse Jeff Vahle, presidente do Walt Disney World Resort.
Da mesma forma, a Disney recebeu a aprovação para construir um quinto parque temático de grande porte no Disney World, e mais dois em menor escala, incluindo um parque aquático, se assim desejar.
A empresa também pode aumentar o número de quartos de hotel em sua propriedade, de quase 40.000 para mais de 53.000, e aumentar a quantidade de espaço para varejo e restaurantes em mais de 20%.
Além disso, irá manter o controle da altura dos edifícios, de forma a poder preservar um ambiente favorável.
Desta forma, as partes encerram mais um capítulo de suas disputas, uma vez que em fevereiro passado um juiz norte-americano rejeitou a ação movida pela Walt Disney Parks and Resorts contra o governador e seus aliados políticos.
A queixa, apresentada em abril de 2023, alegava que DeSantis estava a utilizar o seu poder político para punir a Disney por exercer o seu direito à liberdade de expressão e até tinha designado um conselho para avaliar e aumentar impostos sobre as propriedades do gigante do entretenimento na Flórida, segundo a rede CNN.
No entanto, foi decidido que a Disney não tinha legitimidade para processar o político e que as reivindicações da empresa contra a junta de supervisão do governador eram infundadas.
O tribunal determinou que a Disney não havia apresentado provas de ações específicas tomadas pelo novo conselho de administração devido ao suposto controle do governador.
Essa decisão marcou uma vitória para DeSantis, que tinha assinado previamente um projeto de lei que concedia novos poderes sobre a área de 47 milhas quadradas que abriga o Walt Disney World Resort. No final, ambas as partes esclareceram igualmente suas diferenças.
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