Nas últimas horas, o governo dos Estados Unidos enviou vários navios de guerra e um avião de reconhecimento submarino para rastrear a rota da frota russa que deve chegar a Cuba nesta quarta-feira.
O desdobramento americano inclui dois destróieres: o USS Truxtun e o USS Donald Cook, bem como um Guarda Costeira, o Stone; e uma aeronave de patrulha marítima Boeing P-8.
Dados de rastreamento marítimo e aéreo relatados pela revista americana Newsweek revelam que, além dos navios americanos, também está na região a fragata da Marinha Real Canadense Villa de Quebec.
Os analistas de Inteligência de Fontes Abertas (OSINT) publicaram em 11 de junho atualizações que também mostravam que, acima do deslocamento dos destróieres norte-americanos, do guarda-costas e da fragata canadense, pelo menos um avião P-8A Poseidon da Marinha e um CP-140 Aurora canadense estariam realizando operações de vigilância.
Jesús Daniel Romero, um capitão de corveta aposentado da Inteligência da Marinha dos Estados Unidos, considera que, apesar do que o governo de Biden diz - que minimizou a importância da visita russa a Cuba - é sim preocupante o desdobramento russo a apenas 90 milhas da costa norte-americana.
Romero acredita que a presença deste desdobramento naval de guerra da Rússia no Caribe não deve ser levada de ânimo leve.
O Ministério das Relações Exteriores (MINREX) de Cuba anunciou na semana passada a chegada a Havana, em "visita oficial", de vários navios da Marinha de Guerra da Rússia, incluindo um submarino de propulsão nuclear.
Entre 12 e 17 de junho de 2024, uma visita oficial ao porto de Havana será realizada por um destacamento naval da Federação da Rússia, composto por quatro navios: a fragata 'Gorshkov', o submarino de propulsão nuclear 'Kazan', o navio petroleiro da frota 'Pashin' e o rebocador de salvamento 'Nikolai Chiker'", foi anunciado pelo MINREX na última quinta-feira em comunicado.
A nota oficial acrescentou que a visita está em conformidade "com as históricas relações de amizade entre Cuba e a Federação da Rússia" e que "está estritamente em conformidade com as regulamentações internacionais das quais Cuba é Estado parte".
O MINREX esclareceu que nenhum dos navios é transportador de armas nucleares e que sua escala no país não representa ameaça para a região.
Posteriormente, o governo dos Estados Unidos disse estar ciente das embarcações de combate russas que têm previsão de chegar a Cuba e ao Caribe para um exercício militar.
A mesma fonte disse que neste verão a Rússia irá realizar uma intensa atividade naval e aérea no Caribe, perto dos Estados Unidos, e que as ações culminarão com um exercício naval global russo no outono. No entanto, a administração Biden disse que não viam o desdobramento com alarme, uma vez que a Rússia tem enviado navios para o hemisfério ocidental anualmente desde 2013 até 2020.
Eles precisam que "os desdobramentos da Rússia fazem parte da atividade naval de rotina" e que não preocupam o governo dos EUA "por não representarem uma ameaça direta para os Estados Unidos".
O senador cubano-americano Marco Rubio, por sua vez, pediu ao presidente Joe Biden que não ficasse de braços cruzados, e lembrou que não tem havido um submarino russo com mísseis de capacidade nuclear operando no Caribe há mais de 30 anos.
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