Uma cubana de 38 anos e mãe de três filhas, duas delas menores de idade, foi assassinada na noite desta terça-feira na cidade de Guantánamo, como relatado nas redes sociais pelo jornalista Yosmany Mayeta e posteriormente confirmado por plataformas feministas.
A mulher, identificada como Aniuska Hernández Ginard, morreu como resultado de uma dúzia de facadas que um vizinho de seu próprio prédio teria desferido com um facão, conforme revelado por Mayeta Labrada.
Hernández Ginard estava casada e era mãe de três meninas de 7, 12 e 20 anos.
A vítima residia com suas filhas e seu marido na Rua Carrera Larga, no apartamento 78 do prédio, no município sede de Guantánamo.
O suposto assassino teria sido identificado pelos familiares como Rafael Rivera Echavarría, conhecido como "El Niño". O homem, de 49 anos, já teria cumprido pena no passado por ter matado uma mulher.
"Ele foi cruel com ela, não é justo que uma mulher tão boa tenha levado 12 golpes de facão à toa", lamentou um parente em declarações a Mayeta Labrada sobre o feminicídio de Aniuska Hernández.
A mesma fonte especificou que o marido não estava em casa porque tinha saído para se barbear, momento que o assassino aproveitou para entrar na residência e cometer o feminicídio, que ocorreu na presença da filha de sete anos da vítima.
Desconhecem-se as causas que levaram o homicida a cometer o crime e se a vítima e seu agressor tiveram problemas anteriormente.
"Até o momento, o único vínculo verificado entre ambos é de vizinhança, mas continuamos investigando em busca da melhor tipificação deste feminicídio", apontou YoSíTeCreo em Cuba sobre o agressor, que a referida plataforma confirmou que possui antecedentes criminais por violência machista.
Até o fechamento desta nota, o feminicida está foragido.
"Não consigo assimilar nada do que está acontecendo. Não consigo acreditar, deixar três meninas sem a mãe. Muitos de nós, seus familiares mais próximos, longe, sem poder estar ao lado da família. É muito difícil tudo isso que está acontecendo", disse José Angel Rodríguez Ginard, primo-irmão da mulher assassinada, em declarações a Yosmany Mayeta.
"Ninguém tem o direito de tirar a vida de outro ser humano, não há motivos. Apenas espero que as leis e a justiça divina cuidem de tudo, para que esse crime não fique impune", disse o homem.
Até esta data, 5 de junho, plataformas feministas em Cuba verificaram 23 feminicídios, três tentativas de feminicídio e seis casos que necessitam de acesso à investigação policial.
Paralelamente estão sendo investigados alertas em Havana, Artemisa, Camagüey e em Santiago de Cuba, um em cada uma destas províncias.
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