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A Ministra do Comércio justifica a falta de produtos nas lojas: "Dependemos totalmente de produtos importados"

A ministra deu suas declarações no programa televisivo Mesa Redonda transmitido pela Televisão Cubana.


Betsy Díaz Velázquez, Ministra do Comércio Interno de Cuba, afirmou que no país "dependemos totalmente de produtos de importação", referindo-se à escassez nos produtos racionados vendidos à população e reconheceu retrocessos na distribuição como nos anos anteriores.

Díaz Velázquez, who was brought to the Mesa Redonda program to give statements about the distribution of the canasta familiar normada, did not offer many favorable news to consumers.

Sobre os estados de opinião da população cubana, acerca da presença dos produtos normatizados, em meio a uma crise na aquisição de alimentos, a Ministra afirmou que o processo é demorado.

Tínhamos seis navios em operação em diferentes portos do país. É necessário descarregá-los e depois transportá-los para as províncias, às vezes há navegação costeira para alguns territórios. É transportado para os municípios e, em seguida, para os armazéns", explicou, destacando também o impacto da escassez de combustíveis no país.

É relevante como a distribuição dos alimentos racionados não é feita da mesma maneira nas diferentes províncias do país.

A situação em todas as províncias não é igual. Já terminamos o arroz de abril, quando vamos para o de maio, existem províncias como Cienfuegos, Sancti Spíritus e Villa Clara que já concluíram a distribuição desse mês, mas não é o mesmo em outras como Pinar del Río, Artemisa, Mayabeque, Havana, Matanzas, que não concluíram, embora tenham o produto. Estão em um processo de distribuição que ainda levará alguns dias", apontou.

Revelou que também a atual crise energética afeta o processo de distribuição. "É preciso dizer que participam transportadores de vários organismos e entidades, da agricultura, da Azcuba, transportadores privados... Mas há dias em que não há combustível. Às vezes, a falta de energia elétrica afeta processos como o de pesagem, de faturação".

A ministra reconheceu que durante muitos anos, "até 2020 ou 2021, no primeiro dia o produto estava no depósito, e isso nós perdemos. Perdemos inventários, cobertura, estamos dependendo das importações".

Mas as justificações da Ministra diante da chegada tardia dos alimentos normatizados em Cuba ou da falta destes, não costumam ser assunto novo.

Em outubro passado, a titular justificou a falta de ervilhas nos armazéns cubanos devido ao clima no Canadá.

"Estávamos em um período, de janeiro a maio, onde os rios do Canadá congelam e não podem exportar. São dinâmicas que a população não conhece e que nos obrigam a substituir por feijão ou ervilhas", disse no próprio programa Mesa Redonda.

Sua intervenção se tornou alvo de memes nas redes sociais, onde os cubanos zombaram de seu "raciocínio".

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