Vizinhos da província cubana de Pinar del Río estão pedindo ajuda nas redes sociais para uma menina hospitalizada na sala de queimados do hospital pediátrico, para a qual são necessários materiais de cura e nitrofurazona.
"Precisamos de: material de cura, luvas, gazes, nitrofurazona", publicou no Facebook o internauta identificado como Manuel Jesús Candano Rodríguez.
Agravou que "tudo o que nos servir para queimaduras nos seria importante".
Em outro post, o ativista desmentiu um suposto enfermeiro do hospital que afirma que na instalação "não há carência de insumos nem medicamentos". O enfermeiro também ressalta que a menina sofreu a queimadura por negligência dos familiares que a cuidavam.
Contou que durante o Covid "foi pessoalmente ao hospital fazer uma doação de muitos medicamentos estéreis e me disseram que não, então procurei o pai do rapaz [um paciente] pessoalmente. Esse pai passou mais de 15 dias caminhando por todo Pinar del Río procurando nitroforazona para seu filho", relatou.
Nos últimos dois anos, os cubanos enfrentaram uma grave escassez de medicamentos que os obrigou a criar grupos de gestão nas redes sociais.
No entanto, o regime não apenas tenta ocultar a escassez, mas, nos casos mais recentes, tem se encarregado de "desmentir" a falta de insumos, argumentando que nos hospitais há "tudo o necessário" para o atendimento de pacientes.
Na semana passada, após cubanos nas redes sociais pedirem medicamentos para o ator Rubén Breña, o hospital Hermanos Ameijeiras de Havana emitiu um comunicado afirmando que contava com todos os recursos para o seu tratamento. O artista morreu no dia seguinte.
Em dias passados, foi revelado que um jovem cubano está há meses esperando ser operado de uma hérnia que o impede até de caminhar. Ele afirmou que não conseguiu se submeter à cirurgia por falta de recursos.
Também o caso de crianças em Camagüey que não têm tratamento para controlar as convulsões.
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