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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou neste sábado que prevê se reunir “muito em breve” com seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que qualificou de “muito ruim” a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Conversei ontem à noite com a pessoa a que você se referiu e acredito que nos encontraremos em um futuro próximo”, respondeu a jornalistas em frente à Casa Branca, após ser questionado sobre Lula, informou a agência EFE.
Em relação a Bolsonaro —um aliado político do presidente americano— Trump disse inicialmente não saber da detenção, mas após ser informado pelos repórteres, apontou que achava "muito ruim".
Bolsonaro, condenado em setembro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, foi preso preventivamente neste sábado, ao se considerar que havia um risco “concreto” de fuga e uma “ameaça à ordem pública” justo antes de começar a cumprir sua pena.
A situação judicial do ex-mandatário também se insere nas tensões comerciais entre Washington e o Brasil.
Em abril, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre as exportações brasileiras, que meses depois elevou com um imposto adicional de 40%, como retaliação pelo julgamento contra Bolsonaro.
No entanto, na quinta-feira passada, a Casa Branca anunciou uma ordem executiva pela qual foi retirada a tarifa adicional de 40% para produtos como carne bovina, vegetais, café, cacau e componentes aeronáuticos.
A mudança na política comercial ocorre após uma reunião cordial entre Trump e Lula na Malásia no final de outubro e em um contexto de preocupação interna com a inflação nos Estados Unidos, que tem sido alimentada pelos tarifários e o aumento do custo de vida.
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