Outro preso morre em uma prisão de Cuba por falta de atendimento médico

O recluso Serguey Marrero Faure faleceu no dia 11 de outubro na Prisão Provincial de Guantánamo, após apresentar uma condição de saúde que "não foi atendida adequadamente", denunciou a organização Cubalex.

Cárcere em Cuba (imagem de referência)Foto © Wiki Commons

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Serguey Marrero Faure, recluso da Prisão Provincial de Guantánamo, faleceu neste fim de semana por falta de atenção médica enquanto estava sob custódia do regime cubano, denunciou a organização não governamental Cubalex.

A morte de Marrero ocorreu no sábado, 11 de outubro, após apresentar "um quadro de saúde que não foi atendido adequadamente" no presídio, precisou a fonte.

Captura do Facebook/Cubalex

De acordo com os relatórios recebidos pela Cubalex, o prisioneiro apresentava dor em uma perna e foi levado ao posto médico da prisão, onde foi diagnosticado com um trombo, mas não recebeu tratamento. “Pouco depois, faleceu”, revelou a organização nas redes sociais.

A família de Marrero, que o havia visitado dias antes de seu falecimento, assegurou à Cubalex que "estava bem" e exige respostas das autoridades.

O comunicado ressalta que, até a data, não foi oferecida informação oficial sobre as circunstâncias em que faleceu Marrero.

Cubalex confirmou 35 falecimentos de pessoas privadas de liberdade na ilha durante 2025.

A organização, que oferece aconselhamento jurídico e defende os direitos humanos em Cuba, destacou que esses casos expõem negligência, falta de atendimento médico, violência e ausência de investigações independentes, além de serem uma evidência das condições desumanas existentes nas prisões do país.

Advertiu, além disso, sobre a obrigação das autoridades prisionais de garantir atendimento médico de forma oportuna e adequada a todos os detentos, e investigar imediatamente as mortes que ocorram dentro do sistema penitenciário.

As frequentes mortes de prisioneiros nas prisões cubanas geraram fortes críticas ao regime da ilha pelas condições desumanas nas penitenciárias e pela negação ou demora na atenção médica como mecanismos repressivos.

O Estado não cumpre sua obrigação de garantir os direitos básicos das pessoas privadas de liberdade em Cuba, permitindo abusos sistemáticos e condições degradantes, denunciou o Centro de Documentação de Prisões Cubanas (CDPC), com sede no México.

En seu relatório mensal referente ao mês de setembro, essa instituição documentou 71 eventos que resultaram em violações dos direitos das pessoas detidas em centros penitenciários e quatro mortes que “refletem padrões de tortura, negligência médica e punições cruéis”.

Esses dados constituem um sub-registro dos eventos e vítimas reais, devido à opacidade oficial.

Perguntas frequentes sobre a crise nas prisões de Cuba

Por que morreu Serguey Marrero Faure em uma prisão em Cuba?

Serguey Marrero Faure faleceu na Prisão Provincial de Guantánamo devido à falta de atenção médica. Apesar de apresentar um trombo diagnosticado em uma perna, não recebeu o tratamento necessário, o que levou ao seu falecimento. Seu caso se soma a uma série de mortes em prisões cubanas que evidenciam as condições desumanas e a negligência no sistema penitenciário do país.

Que organização denunciou a morte de Serguey Marrero Faure?

A organização Cubalex denunciou a morte de Serguey Marrero Faure. Cubalex é conhecida por oferecer assessoria jurídica e defender os direitos humanos em Cuba, documentando casos de negligência e abuso dentro do sistema penitenciário cubano.

Quais são as causas mais comuns de morte nas prisões cubanas?

As causas mais comuns de morte nas prisões cubanas incluem a negação de atenção médica, violência institucional, tortura e condições desumanas como a superlotação e a desnutrição. Essas práticas refletem um padrão de negligência e abandono institucional no sistema penitenciário da ilha.

Qual é a responsabilidade do Estado cubano diante das mortes na prisão?

O Estado cubano tem a obrigação de garantir a integridade e o atendimento médico adequado a todas as pessoas sob sua custódia. Ademais, deve investigar de maneira independente e transparente as mortes que ocorrem em seu sistema penitenciário. No entanto, a falta de transparência e a impunidade predominam nesses casos, segundo organizações de direitos humanos.

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