Recolhem mais de 35 mil metros cúbicos de lixo em Havana: Faltam mil circunscrições por atender

La Havana enfrenta uma crise sanitária devido ao acúmulo de lixo. Foram coletados 35 mil metros cúbicos, mas mais de mil circunscrições continuam afetadas. Falta um plano sustentável de saneamento.

Lixo em Havana, imagem de referênciaFoto © CiberCuba

Mais de 35 mil metros cúbicos de lixo foram recolhidos neste fim de semana em Havana, como parte de uma mobilização organizada pelo regime cubano para enfrentar a crise sanitária que afeta a capital.

O dado oficial é grave e tende a aumentar, pois ainda restam trabalhos de saneamento em mais de mil circunscrições.

O operativo foi convocado por Miguel Díaz-Canel, que liderou nesta segunda-feira uma reunião de acompanhamento dessas ações juntamente com altos funcionários do Estado, do Governo e do Partido.

Durante o encontro, foi informado que apenas foram coletados resíduos sólidos nas ruas de cerca de 300 circunscrições, enquanto mais de mil continuam acumulando lixo.

Díaz-Canel reconheceu que o esforço realizado não é suficiente para resolver um problema de décadas.

“Houve um esforço neste fim de semana, mas não vamos resolver tudo. Será necessário continuar. Já as pessoas perceberam uma reação. Agora o que todos se perguntam é como vamos nos manter. Bem, vamos nos manter se todos trabalharmos”, declarou o governante no domingo.

Admitiu que não existe um plano sustentável para a coleta de lixo na capital e apelou à “sistematização” de ações como a realizada, que mobilizou trabalhadores estatais, cidadãos, recrutas do Exército e efetivos da Polícia Nacional Revolucionária.

Díaz-Canel também destacou que em alguns bairros de Havana não responderam à convocação para limpeza e incentivou a envolver mais pessoas e instituições para alcançar melhores resultados.

“Uma grande parte se mobilizou, mas alguns não compareceram e acreditam que outros precisam resolver o problema”, disse.

O problema do acúmulo de lixo é nacional e deve-se a diversas causas, como a falta de combustível, o deterioramento da infraestrutura e a má gestão estatal dos resíduos sólidos.

No entanto, longe de oferecer soluções estruturais, o governante insistiu que “as pessoas, motivadas pelo exemplo de Havana, farão o seu também em cada território”.

A situação sanitária na capital tem sido denunciada por cidadãos e especialistas. O lixo se acumula nas ruas, terrenos baldios e esquinas da cidade onde vivem dois milhões de pessoas. Nos dias de chuva, os resíduos flutuam e chegam até as portas dos hospitais, escolas e residências.

Em setembro, o ministro de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Armando Rodríguez Batista, reconheceu publicamente a magnitude do problema. “Esse lixo não está contido: está espalhado por toda Havana”, escreveu em sua conta no Facebook.

Apesar das operações pontuais e das imagens de Díaz-Canel e Manuel Marrero varrendo ruas nos arredores do Palácio da Revolução, o colapso higiénico persiste na capital e em outras províncias do país.

Perguntas frequentes sobre a crise da coleta de lixo em Havana

Quantos metros cúbicos de lixo foram coletados em Havana durante a mobilização?

Foram recolhidos mais de 35 mil metros cúbicos de lixo em Havana como parte de uma mobilização organizada pelo regime cubano para enfrentar a crise sanitária na capital.

Quais problemas enfrenta Havana com a coleta de lixo?

La Habana enfrenta um colapso na coleta de lixo devido à falta de combustível, ao deterioramento da infraestrutura e à má gestão estatal dos resíduos sólidos. Mais de mil circunscrições ainda não foram atendidas, e o lixo se acumula em ruas, terrenos e esquinas, agravando a situação sanitária da cidade.

Existem planos sustentáveis para a coleta de lixo em Havana?

Não existe um plano sustentável para a coleta de lixo na capital cubana. Miguel Díaz-Canel reconheceu que o esforço de limpeza realizado não é suficiente e que não há uma estratégia clara para sustentar a iniciativa a longo prazo.

Como a população reagiu à crise de insalubridade em Havana?

A população expressou seu descontentamento por meio de redes sociais e protestos, criticando a falta de soluções estruturais por parte do governo. Muitos cidadãos consideram que a responsabilidade pelo colapso recai na ineficiência estatal e na má gestão dos serviços comunitários.

Que medidas o governo cubano tomou para enfrentar a crise do lixo?

O governo cubano organizou mobilizações massivas, envolvendo trabalhadores estatais, recrutas e policiais para limpar as ruas. No entanto, essas ações pontuais não resolveram o problema, e o governo tem sido criticado por não oferecer soluções a longo prazo nem abordar as causas estruturais do colapso na gestão de resíduos.

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