A esposa do cubano deportado Deivy Alemán Oropesa, Yisel Miguel Sarduy, pediu ajuda em um vídeo divulgado nesta quinta-feira nas redes sociais para que seu esposo possa retornar aos Estados Unidos e se reunir com sua família.
“Rezamos para que estes vídeos cheguem a alguém que possa fazer algo, e ele possa voltar o mais rápido possível, porque a menina está sentindo muito. Só peço a Deus que minha menina possa estar com seu papai em breve, porque ela precisa dele, e vai precisar ainda mais”, expressou no Facebook.
“Queria fazer este pequeno vídeo para agradecer a todas as pessoas que nos apoiaram. É uma situação muito difícil para nós, que não desejo a ninguém, e muito menos àqueles que são pais”, sublinhou esta mãe que, no passado, junto de Alemán, vivenciou a angustiante operação da sua filha que padece de uma doença cardíaca.
Muito aflita, Sarduy contou que a pequena sente falta do pai e que os médicos recomendaram um acompanhamento próximo para sua saúde.
“A menina está sentindo muito, e temos medo de que ocorra uma recaída. Estive consultando com o cardiologista, preciso acompanhá-la de perto... porque precisamos continuar rezando”, relatou.
O testemunho se adiciona a uma série de denúncias e mensagens que a família compartilhou desde que Alemán Oropesa, natural de Sancti Spíritus, decidiu se autodeportar para Cuba após um processo migratório nos Estados Unidos.
O próprio pai cubano narrou sua experiência e assegurou que está “vivendo um inferno” longe dos seus, enquanto sua esposa e filha permanecem em território americano.
Antes de sua partida, a família protagonizou uma despedida desgarradora no aeroporto, marcada por lágrimas e desespero.
Sarduy expressou publicamente a dor que essa separação lhes causou, que qualificam como um pesadelo.
A gravação termina com a menina agradecendo o apoio recebido e enviando um beijo àqueles que demonstraram solidariedade em meio a esta situação que continua gerando reações dentro e fora da comunidade cubana.
Perguntas frequentes sobre a deportação de Deivy Alemán Oropesa
Por que Deivy Alemán Oropesa decidiu se autodeportar dos Estados Unidos?
Deivy Alemán Oropesa decidiu se autodeportar para evitar ser detido e deportado à força pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE). O ICE ofereceu a opção de sair voluntariamente antes de 14 de setembro para evitar uma detenção prolongada em um centro de imigração, apesar de sua crítica situação familiar, com uma filha que precisa de atenção médica urgente.
Qual é a situação médica da filha de Deivy Alemán e como isso afeta sua deportação?
A filha de Deivy Alemán sofre de uma grave condição cardíaca que já exigiu três cirurgias cardíacas e necessita de mais procedimentos médicos. A deportação de Deivy Alemán deixa sua filha sem o apoio do pai justo antes de uma possível nova cirurgia, o que aumenta a carga emocional e econômica sobre sua esposa, que é a cuidadora principal da menina nos Estados Unidos.
Quais medidas legais a família de Deivy Alemán tomou para tentar sua reunificação?
A família de Deivy Alemán iniciou um pedido de reunificação familiar (formulário I-130) e solicitou apoio de congressistas e senadores. Apesar de ter este pedido aprovado, o processo é lento e incerto, e a família expressou a necessidade de agilizá-lo devido à urgência médica de sua filha.
Qual é o impacto do caso de Deivy Alemán na comunidade cubana nos EUA?
O caso de Deivy Alemán despertou uma onda de solidariedade e crítica às políticas migratórias do ICE, destacando a falta de sensibilidade em relação a casos humanitários. Colocou em evidência o impacto emocional e econômico que as deportações têm sobre as famílias e gerou um debate sobre a necessidade de equilibrar a legalidade e a compaixão na aplicação das leis migratórias.
Arquivado em:
