Ativista cubana sofre lesão após ser detida violentamente pela polícia em Havana

A ativista cubana Yamilka Laffita foi detida violentamente em Havana e sofreu uma distensão no pé. Nesta terça-feira, a jovem reafirmou seu compromisso com a liberdade e os direitos civis em Cuba.

Yamilka LaffitaFoto © Facebook Lara Crofs

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A ativista Yamilka Laffita, conhecida nas redes sociais como Lara Crofs, sofreu uma lesão no pé direito após ser arrestada de forma violenta nesta segunda-feira em Havana por agentes da Polícia Nacional Revolucionária (PNR).

Na segunda-feira, Laffita esteve desaparecida durante várias horas após sair da residência do escritor Jorge Fernández Era, no bairro Antonio Guiteras, quando uma patrulha parou o veículo em que estava.

Denúncia de Jorge Fernández Era no Facebook

A detenção foi denunciada nas redes sociais por outros cubanos, entre eles Daniela Peral, Elena De Armas, e o próprio Fernández Era, que alertaram sobre o paradeiro desconhecido da jovem e exigiram à Segurança do Estado que a libertassem.

Horas depois, a ativista reapareceu e confirmou em seu perfil no Facebook que havia sido liberada, após uma violenta prisão em Havana.

Facebook Lara Crofs

“Já estou em casa, com um entorse de grau 2 no pé direito. Felizmente, não é nada grave e com os devidos cuidados irá cicatrizar rapidamente”, escreveu.

Lara Crofs explicou aos seus seguidores que a lesão foi consequência de um empurrão por parte de um agente policial quando ela se recusou a entrar na viatura, ao considerar injustificada a sua detenção.

Vou continuar exercendo meu direito de ser uma mulher livre, de me reunir com quem julgar conveniente, e continuarei apoiando aqueles que lutam por um futuro digno”, afirmou.

También expresó su apoio a Jorge Fernández Era, a quem descreveu como uma pessoa que respeita profundamente.

Facebook Daniela Peral

A ativista aproveitou a publicação para enviar uma mensagem de ânimo à população cubana: “A repressão não pode deter nossa luta, nem calar nossas vozes. O povo cubano está pronto para recuperar sua dignidade”.

Durante seu desaparecimento, vários ativistas deixaram mensagens de advertência para a Segurança do Estado. “Lara Crofs NÃO SE TOCA, essa moça tem a simpatia e o carinho de toda a Cuba. Vocês saberão”, advertiu no Facebook Elena De Armas, denunciando a ação repressiva das autoridades.

Yamilka Laffita ganhou notoriedade nas redes sociais por seu ativismo cívico e sua postura crítica em relação ao governo cubano, tornando-se uma das vozes mais visíveis na denúncia de abusos, na defesa dos presos políticos e em causas sociais em Cuba.

Facebook Elena de Armas

Perguntas Frequentes sobre a Repressão a Ativistas em Cuba

Quem é Yamilka Laffita e por que foi detida?

Yamilka Laffita, conhecida como Lara Crofs nas redes sociais, é uma ativista cubana destacada por sua postura crítica em relação ao regime cubano e sua defesa dos direitos humanos. Ela foi detida violentamente pela Polícia Nacional Revolucionária em Havana, o que resultou em uma lesão em seu pé direito. A detenção foi parte do assédio constante que sofre por seu ativismo e por denunciar os abusos do governo cubano.

Quais denúncias Lara Crofs fez contra o regime cubano?

Lara Crofs denunciou várias formas de repressão por parte do regime cubano, incluindo ameaças de morte, vigilância policial, vandalismo em sua residência e detenções arbitrárias. Denuncia que essas ações visam silenciar sua voz crítica e interromper seu trabalho de apoio a causas sociais e de defesa dos direitos humanos em Cuba.

O que aconteceu com o ativista Alberto Turis Betancourt?

Alberto Turis Betancourt, conhecido nas redes como "Generosidad Cristiano Jerusalén", permanece desaparecido desde que foi detido pela Segurança do Estado enquanto documentava uma operação policial. Sua desaparecimento foi denunciado por outros ativistas, que exigem sua libertação imediata e denunciam o assédio sistemático àqueles que promovem atos de memória e solidariedade em Cuba.

Como a repressão afeta a vida diária dos ativistas em Cuba?

A repressão constante afeta a vida cotidiana dos ativistas em Cuba através de ameaças, vigilância, detenções arbitrárias e restrições de movimento. Esses atos visam intimidar e silenciar os dissidentes, limitando sua capacidade de exercer seu ativismo e defender os direitos humanos na ilha. Além disso, o ambiente de assédio cria um clima de insegurança pessoal e familiar que dificulta o desenvolvimento de suas atividades diárias.

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