Youtuber cubano revela as coisas de Cuba que surpreendem os uruguaios

"Nas escolas, todos os dias, as crianças têm que gritar que serão como o Che, imagina só isso, irmão. Quando eu comento isso com as pessoas, elas ficam alucinadas."

Cosas de Cuba que surpreendem os uruguaios, segundo youtuber cubanoFoto © TikTok / @frankelmakina

O youtuber cubano Frank El Makina compartilhou um novo vídeo em que enumera “coisas de Cuba que os uruguaios não entendem, ou pelo menos ficam surpresos quando eu comento”.

Entre os exemplos que citou, mencionou cortes de energia que duram quase um dia completo. “O número um são os cortes de mais de 20 horas, literalmente, 20 horas de apagão pelo menos onde vive a Claudia; há dias em que a eletricidade sai por mais de 20 horas”, disse @frankelmakina.

Também falou sobre o deficiente serviço de água: “Que a água não chegue às torneiras, à pia, que a água não chegue, ou pelo menos uma preocupação de que a água entre, porque sim, o Estado é, claro, o dono da empresa de abastecimento de água e é ineficiente”.

O criador lembrou ainda das limitações que vigiaram em Cuba até há poucos anos: “Até 2008, não tínhamos direito a ter um passaporte, não podíamos vender uma casa, nem mesmo o carro”.

Sobre o âmbito escolar, disse: “Nas escolas, todos os dias as crianças têm que gritar que serão como o Che, imagina só isso, irmão.”

Frank também mencionou que a internet só foi liberada em 2018 e que até 2012 os cubanos não podiam entrar nos hotéis da ilha controlados pelo Estado.

“Podia estar falando com você aqui sinceramente por meia hora, o vídeo ia ficar muito longo, me deixe aí embaixo nos comentários qual foi o que mais te surpreendeu, se você conhecia algo sobre isso e se me faltou algum, também me deixe isso nos comentários”, concluiu.

O vídeo gerou múltiplos comentários no TikTok. Alguns usuários expressaram surpresa: “O que acontece nas escolas é muito, muito forte” ou “O que aconteceu com a luz me impactou”. Outros compartilharam experiências pessoais: “Ficamos quase sem água e foi tremendo, passamos alguns meses loucos” ou “No período especial, para comer um hambúrguer, pediam o documento de identidade e anotavam o número em um papel, para que você não voltasse a fazer a fila para comprar outro.”

Também se lembrou da diferença de tratamento entre turistas e nacionais: “São duas Cubas, eu fui passear por uma semana e não nos faltou nada, os turistas são tratados como realeza”, escreveu um internauta, enquanto outra pessoa destacou que, na época, “também não podíamos ir a algumas praias onde havia estrangeiros e nem falar com eles”.

Entre os mais críticos, um usuário resumiu: “Muito triste como destruíram um povo… sem luz, água, controlar a vida é muito triste… literalmente uma ditadura de esquerda”.

O vídeo de Frank não é um caso isolado. Outros cubanos compartilharam nas redes suas experiências comparando a vida na ilha com a do Uruguai.

Hace poucos dias, o próprio Frank relatou sua primeira visita a um hospital público em Maldonado e afirmou: “Definitivamente os uruguaios não sabem o que é um hospital em péssimas condições” . O criador assegurou que o centro lhe pareceu “um lugar normal”, “incrivelmente mais limpo e eficiente” em comparação com os hospitais cubanos, embora alguns usuários tenham respondido apontando demoras nos turnos e problemas de saturação no sistema de saúde uruguaio.

Também outra criadora cubana no TikTok, @nadyevF, compartilhou sua experiência como solicitante de refúgio e contou como conseguiu trabalhar em Montevidéu apesar de não ter inicialmente cédula de identidade. Reconheceu que muitos migrantes precisam aceitar empregos informais, mas agradeceu as oportunidades no Uruguai: “São trabalhos honestos que te dão o prato de comida e o teto onde se vive”. Seu testemunho provocou reações divididas, entre aqueles que celebraram seu esforço e aqueles que criticaram a presença de estrangeiros no mercado de trabalho.

Na mesma linha, a cubana Lisset Catalina (@lorenzolisset) se tornou viral ao contar por que escolheu emigrar com sua família para o Uruguai: segurança, educação e saúde gratuitas. “Vamos com uma menina de 9 anos, precisamos buscar tudo que, mesmo que seja mais seguro e com mais tranquilidade para nós, o Uruguai é o país”, assegurou. Sua história recebeu uma onda de mensagens de boas-vindas e apoio dos uruguaios.

Esses testemunhos, difundidos principalmente no TikTok, mostram um padrão: os cubanos emigrados comparam as carências estruturais de seu país com os serviços e as liberdades que encontram no Uruguai, gerando debates nas redes sociais tanto na ilha quanto no país sul-americano.

Perguntas frequentes sobre a situação em Cuba segundo o youtuber Frank El Makina

Quais são as principais carências que a população em Cuba enfrenta segundo Frank El Makina?

Frank El Makina destaca cortes de energia prolongados de mais de 20 horas, deficiências no serviço de água e restrições históricas, como a impossibilidade de obter passaporte ou vender propriedades até 2008. Além disso, menciona que o acesso à internet só foi liberado em 2018 e que até 2012 os cubanos não podiam entrar em hotéis controlados pelo Estado.

Como a situação em Cuba afeta a vida cotidiana de seus habitantes?

A vida diária em Cuba é marcada por severas limitações. Os cubanos enfrentam apagões que podem durar quase um dia inteiro, precisam cozinhar com lenha ou carvão devido à falta de eletricidade e enfrentam restrições para acessar bens básicos e serviços, gerando uma vida de constante incerteza.

Quais diferenças encontram os cubanos emigrantes ao chegar a países como o Uruguai?

Os cubanos emigrantes destacam a melhoria na qualidade de vida ao chegarem ao Uruguai, onde encontram serviços públicos mais eficientes, acesso a direitos cidadãos e oportunidades de trabalho, embora também enfrentem desafios como o alto custo de vida e a integração social.

Como o contexto político influencia as condições de vida em Cuba?

A situação em Cuba é o resultado de um controle estatal centralizado que levou a carências em serviços básicos, restrições de liberdades e uma economia estagnada. O regime socialista tem sido criticado pelo deterioro das condições de vida e por manter o país em um estado de precariedade prolongada.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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