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Faltando poucos dias para o início do ano letivo, o sul da Flórida registra um aumento notável de contágios de COVID-19.
Dados de saúde estaduais indicam que os casos positivos nos condados de Miami-Dade e Broward cresceram mais de 50 % de junho a julho, uma tendência que acende alertas em lares e escolas, conforme relatou Local 10.
“Está se propagando como qualquer outro resfriado ou gripe, e os pacientes chegam no pleno verão com sintomas de resfriado e gripe, que, novamente, estão simplesmente fora da temporada de resfriados e gripes. Estamos vendo que muitas mais pessoas estão testando positivo nesse teste [do COVID]”, disse em declarações ao meio citado o Dr. Adam Rubin, diretor médico do Memorial Regional Hospital.
O que está acontecendo?
O aumento coincide com a circulação de novas variantes do vírus nos Estados Unidos e em outras regiões do mundo, incluindo a América Latina e o Caribe.
Detectada pela primeira vez em janeiro de 2025 no sudeste asiático, a variante XFG, ou “Stratus”, ganhou terreno rapidamente e já figura entre as três mais comuns do país, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) considere que o risco global desta variante continua sendo baixo, sua expansão acionou alertas em vários sistemas de saúde.
"Stratus" se caracteriza por mutações que poderiam evadir parcialmente a proteção imunitária.
Não foi demonstrado que seja mais contagiosa ou grave do que outras variantes, mas as autoridades alertam que essa capacidade de driblar a imunidade pode dificultar seu controle.
Em junho, as autoridades de saúde dos Estados Unidos emitiram um alerta pela rápida propagação da subvariante NB.1.8.1, popularmente chamada de “Nimbus”.
Derivada da ômicron, preocupa pela sua alta transmissibilidade e por um sintoma particularmente doloroso: uma intensa dor de garganta descrita como se fossem engolidas lâminas, o que lhe rendeu o apelido de “garganta de lâmina”.
Esta subvariante foi detectada pela primeira vez nos EUA no final de março, durante controles de rotina em aeroportos, e desde então foi identificada em mais de uma dúzia de estados, representando atualmente mais de um terço dos casos recentes no país.
Implicações para o retorno às aulas
O aumento de diagnósticos no pleno verão coincide com a preparação das famílias para o retorno às aulas.
Para administradores escolares e pais, o desafio será minimizar interrupções por ausências e isolamentos, especialmente se os sintomas - como a dor de garganta severa associada ao "Nimbus" - se tornarem mais frequentes entre crianças e pessoal educativo.
As recomendações continuam ancoradas em medidas de bom senso diante de doenças respiratórias. Como lembram os especialistas:
- Faça o teste se você não estiver se sentindo bem.
Tente manter-se longe de pessoas doentes.
A vacinação proporciona uma maior proteção contra a infecção por COVID e contra o aparecimento dos piores sintomas.
Essas diretrizes, juntamente com uma vigilância atenta dos sintomas e a consulta precoce a profissionais de saúde, podem ajudar a reduzir contágios e proteger as famílias durante o início do ano letivo.
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