Hospital de Matanzas informa sobre a morte do menor por infanticídio: Chegou com vários hematomas

Um menor de 2 anos morreu em Matanzas após ser internado no hospital com sinais de maltrato. As autoridades estão investigando um possível infanticídio, e a comunidade exige justiça nas redes sociais.

Mãe e seu filho assassinado por elaFoto © Facebook / Machado Amarilys Yosvanito

O hospital pediátrico Eliseo Noel Caamaño, de Matanzas, confirmou que o menor Roberto Carlos Suárez Machado, de apenas 2 anos, faleceu neste sábado após ser internado com sinais evidentes de maltrato físico.

Segundo o meio local oficial Girón, as autoridades ativaram protocolos de atendimento ao menor diante das suspeitas de um possível infanticídio por parte da mãe, identificada como Amarilis, residente no bairro do Naranjal.

A doutora Anaelis Santana Álvarez, diretora do centro hospitalar, detalhou a esse diário que o infante foi internado na quarta-feira, 16 de julho ao meio-dia, trazido pela mãe a pedido de uma vizinha preocupada.

A mulher havia notado que a criança estava adormecida, com aparência ruim e que, segundo sua mãe, estava nesse estado há mais de 24 horas.

O menor chegou em condições críticas: sonolento, com febre, dificuldade respiratória e “estigmas de traumas visíveis no corpo, como vários hematomas.

Os médicos o internaram diretamente na unidade de terapia intensiva e, após uma rápida avaliação, suspeitaram de choque séptico como diagnóstico inicial.

Captura do Facebook

No entanto, a situação se agravou. O abdômen distendido da criança levou a equipe médica a realizar exames de imagem, que confirmaram a existência de perfurações internas.

Foi submetido a uma cirurgia, mas nunca conseguiu se estabilizar. O pequeno faleceu às 6h05 da manhã deste sábado, 19 de julho.

Diante dos evidentes sinais de violência, o hospital contatou imediatamente os serviços de proteção à criança do Ministério do Interior (MININT), que se deslocaram ao centro e abriram uma investigação.

A diretora do hospital explicou que, conforme estabelece a lei, os médicos devem relatar todo caso com indícios de maus-tratos infantis para que as autoridades tomem providências.

“Somos testemunhas por ofício”, destacou Santana. “Neste caso, o menino realmente apresentava alguns hematomas.”

A mídia local detalhou que a legislação cubana contempla a proteção da infância como um princípio fundamental.

O artigo 5 do Código das Famílias estabelece que a família é a principal garantidora do usufruto e da segurança dos direitos dos menores. Qualquer violação a esses direitos será severamente punida pelas instâncias judiciais competentes.

Captura do Facebook

A comunidade matancera está consternada com o fato, que provocou uma onda de repúdio nas redes sociais. Mensagens que exigem justiça se multiplicam, enquanto a investigação oficial continua.

A informação inicial divulgada nas redes sociais foi acompanhada de mensagens de indignação e dor por parte de familiares, que afirmam que o menor foi vítima de violência reiterada.

As denúncias também apontam para a possível implicação do padrastro da criança, que teria sido cúmplice ou testemunha dos abusos sem intervir para proteger o menor.

Captura de Facebook

“Você também deve pagar com pena de morte”, escreveu um usuário visivelmente consternado, acusando o homem de ter agido com negligência ou até mesmo de ter exercido maus-tratos diretamente.

Vizinhos do bairro Naranjal Norte e membros da comunidade educativa da criança expressaram sua dor, lembrando que o menor havia recebido cuidados e demonstrações de afeto por parte de suas professoras do círculo infantil a que o menino frequentava.

Perguntas frequentes sobre o caso de infanticídio em Matanzas

O que aconteceu com o menor Roberto Carlos Suárez Machado em Matanzas?

O menor Roberto Carlos Suárez Machado, de apenas 2 anos, faleceu após ser internado no hospital com sinais evidentes de maus-tratos físicos. Apresentava vários hematomas e seu estado crítico levou a uma intervenção cirúrgica de emergência, mas, infelizmente, não conseguiu se estabilizar e morreu. As autoridades iniciaram uma investigação por possível infanticídio.

Quem é a principal suspeita do infanticídio do menor em Matanzas?

A mãe do menor, identificada como Amarilis, é a principal suspeita do infanticídio. As denúncias de vizinhos e familiares a acusam de um caso extremo de abuso infantil, e a comunidade exige justiça pelo crime que comoveu o país.

Qual tem sido a reação da comunidade de Matanzas diante do caso?

A comunidade de Matanzas está consternada e expressou uma profunda indignação. Tem havido uma onda de repúdio nas redes sociais, com mensagens que exigem justiça pela morte do menor. A comunidade educativa e os vizinhos do bairro têm demonstrado dor e apoio à família paterna da criança.

Que ações as autoridades tomaram diante do caso de infanticídio em Matanzas?

As autoridades ativaram protocolos de atendimento ao menor e iniciaram uma investigação formal do caso. Os serviços de atendimento ao menor do Ministério do Interior (MININT) foram contatados imediatamente pelo hospital, e espera-se que as instâncias judiciais competentes penalizem severamente qualquer violação dos direitos do menor.

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