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No povoado de Uñas, pertencente ao município de Gibara, na província de Holguín, ocorreu um fato que desencadeou um aluvional de reações nas redes sociais.
O protagonista do caso é um matarife conhecido na localidade como "Norgitín", cujo verdadeiro nome é Norge Rodríguez.
Segundo o relatório -divulgado no perfil do Facebook Cazador-Cazado- o indivíduo em questão, após ingerir grandes quantidades de álcool, roubou um cavalo alazão pertencente a um vizinho do povo.
Levou o animal para a casa de sua mãe, onde procedeu a sacrificá-lo.
No entanto, os efeitos do álcool foram tais que, uma vez terminado o ato violento, ele adormeceu em cima do corpo do animal.
Foi nessa posição que as autoridades o encontraram e prenderam.
Uma cena digna de fábula… trágica
O acontecimento, tão insólito quanto perturbador, gerou uma rápida reação entre os usuários que acompanham o perfil oficial.
"Matarife que se dorme, o pega a 220", ironizava o texto original, parafraseando um velho provérbio popular.
A imagem de um matador dormindo sobre o animal recém-sacrificado - conforme descrevem - impactou tanto pelo caráter grotesco da cena quanto pela crueza do fato.
Alguns comentários destacavam a justiça do momento: "Ele teve que pagar por seus crimes. Não consigo imaginar quantas famílias ele afetou ao longo de sua carreira de delinquente."
Reações: entre o humor e a indignação
As respostas ao caso oscilaram entre o sarcasmo e a reflexão crítica.
Muitos usuários encontraram no episódio uma metáfora involuntária da deterioração moral e social de alguns indivíduos nas áreas rurais.
“Agora sim, vai dormir, mas em uma cela”, comentou alguém, enquanto outro advertia que “não se vai trabalhar bêbado, podem acontecer acidentes de trabalho... como este”.
No entanto, o tom zombeteiro de algumas publicações foi questionado por aqueles que consideram que a situação não deve ser trivializada.
Um usuário reclamou: “Não é assunto para brincadeira o maltrato animal. Aqueles que se divertem com esse tipo de coisa deveriam se reconsiderar”.
Outros expressaram sua dor e solidariedade com o proprietário do cavalo, lamentando não apenas a perda do animal, mas também o dano econômico e emocional que isso representa.
"Pobrezinho o cavalo, aquele matador acabou com sua vida e afetou também o dono, pois imagino que era sua fonte de trabalho."
O álcool como desculpa?
Um dos debates mais recorrentes foi o valor legal do estado de embriaguez durante a prática do delito.
Alguns opinavam que "o bêbado não tem efeito legal" ou que o acusado poderia sair livre, sem consequências maiores.
No entanto, na própria página esclareceram que, na realidade, a ingestão de bebidas alcoólicas pode ser considerada uma agravante, dependendo do tipo de crime e de suas circunstâncias.
Este matiz legal foi apoiado por outras pessoas que pediam que “caiam todo o peso da lei”, argumentando que o álcool não deve se tornar uma desculpa nem atenuante quando se violam os direitos alheios, humanos ou animais.
O valor simbólico da captura
Aos olhos da comunidade, a captura de Norgitín naquele estado não foi apenas uma ação policial, mas um ato simbólico de justiça.
“Deus fez justiça com ele”, opinava alguém que afirmava conhecê-lo pessoalmente. Outro comentário destacava: “Se a todos os que cometem esse tipo de crimes acontecesse o mesmo, que bem estaríamos”.
Além do personagem, o que persistiu em muitas das reações foi a empatia em relação ao animal sacrificado.
“A única coisa que lamento é que não tenha dormido antes de matar o pobre animalzinho”, dizia uma mensagem que sintetizava a dor de muitos.
Outro afirmava que “não há condenação que pague a dor do dono”, enquanto vários pediam penas mais severas para aqueles que cometem esse tipo de ato.
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