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A imprensa oficialista cubana saiu em defesa do recente concerto do reguetonero Bebeshito em Miami e qualificou Alexander Otaola de "innomeável".
Um podcast da jornalista Arleen Rodríguez Derivet, reproduzido pelo Cubadebate, afirmou que a atuação de Bebeshito no dia 28 de dezembro foi "uma nova derrota do innominável" e celebrou o "sonado ridículo de Otoala" ao prever que o estádio não se encheria.
"O innominável não acerta uma. Retirem o rótulo de influenciador, pois ele parece não influenciar mais ninguém. Exceto para contrariá-lo", afirmou a jornalista Bárbara Betancourt na gravação.
Os defensores do regime lembraram de declarações de Miguel Díaz-Canel no último Congresso da UNEAC, onde o governante praticamente fez uma apologia do reguetón: criticou "as expressões de desprezo ou subestimação vindas de posições, às vezes, elitistas" em relação ao gênero e pediu que fosse incluído na política cultural da revolução.
Por último, o artigo destaca que o Estado cubano "não tem estado alheio ao fenômeno" e reconhece que, assim como lotou um estádio em Miami, "em Cuba lota outros locais".
Esta não é a primeira vez que jornalistas do regime se posicionam a favor do inegável sucesso que teve o concerto de Oniel Bebeshito no Pitbull Stadium de Miami, onde se reuniram 20 mil pessoas.
No dia seguinte ao acontecimento, Ana Teresa Badía, da Radio Rebelde, escreveu no Facebook que "nunca antes um cubano do gênero urbano havia protagonizado um espetáculo de tanta magnitude nos Estados Unidos".
Badía destacou a necessidade de políticas culturais mais inclusivas que promovam uma educação artística sólida e incentivem letras "menos grosseiras e mais enriquecedoras". Ele enfatizou que o gênero repartero é um fenômeno cultural, sociológico e comunicacional que não pode ser ignorado.
Por sua vez, o jornalista Oni Acosta Llerena adotou uma postura mais analítica, apontando que o contexto é essencial ao avaliar o alcance desses fenômenos musicais: "Vinte mil pessoas em Miami, epicentro do reguetón e do público de origem cubana e latina, não é um medidor definitivo".
Ambos concordaram na importância de estudar o que é promovido e consumido em Cuba, deixando claro que o impacto massivo do reguetón é inegável.
Perguntas frequentes sobre o concerto de Oniel Bebeshito e a reação do regime cubano
Por que o concerto de Oniel Bebeshito em Miami foi considerado um marco?
O concerto de Oniel Bebeshito em Miami foi considerado um marco, pois conseguiu lotar o Pitbull Stadium com 20 mil pessoas, tornando-se o primeiro reguetonero cubano a conseguir isso nos Estados Unidos. Esse sucesso reflete o crescente impacto do gênero urbano cubano no cenário internacional.
Como reagiu a imprensa oficialista cubana ao concerto de Bebeshito?
A imprensa oficialista cubana defendeu o concerto de Bebeshito e criticou Alexander Otaola, chamando-o de "innomeável". O regime cubano utilizou o evento para enfatizar o valor do reguetón como parte de sua política cultural, argumentando que teve um impacto significativo tanto em Cuba quanto no exterior.
Qual foi a reação de Alexander Otaola ao sucesso do concerto de Bebeshito?
Alexander Otaola reagiu de forma irônica ao sucesso do concerto, ressaltando que o estádio estava "cheio em 80%" e que os presentes cantaram seu nome. Sua figura continuou sendo um tema em alta, apesar das críticas anteriores sobre a capacidade de Bebeshito de lotar o local.
O que significa o sucesso de Bebeshito para a música urbana cubana?
O sucesso de Bebeshito no Pitbull Stadium representa um avanço significativo para a música urbana cubana, consolidando sua influência nos Estados Unidos e proporcionando um modelo a ser seguido por outros artistas do gênero. Este evento ressalta a crescente aceitação e o potencial do reguetón cubano no cenário internacional.
Qual é a mensagem que transparece do apoio do regime cubano ao reguetón?
O apoio do regime cubano ao reguetón reflete uma tentativa de integrar esse gênero popular em sua política cultural, buscando legitimidade e conexão com as massas. As declarações de Miguel Díaz-Canel sobre o reguetón destacam um esforço para aceitar e promover o gênero como parte da identidade cultural cubana, apesar das críticas elitistas que ele tem enfrentado.
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