Músicos oficialistas cubanos se uniram em um tema polêmico que exalta a vida com apagões e fogões à lenha em Cuba, apelando ao discurso recorrente de um país que enfrenta adversidades e que tem "razões para continuar".
Escrita por Arnaldo Rodríguez, um destacado defensor do regime castrista, "Aquí no hay marcha atrás" repete os conceitos que costumam fazer parte da propaganda comunista, como "unidade", "soberania" e "orgulho de ser cubano".
Como artistas convidados estão Mayito Rivera, Osdalgia Lesmes, o repentista Roly Avalos, a tresera e cantora Yarima Blanco, o Coro Entrevoces, o grupo Rumba All Star e a banda Habana Steel Band.
A canção também recorda alguns fenômenos naturais que ocorreram este ano, como ciclones e sismos, cujas consequências a população ainda enfrenta devido à ineficaz gestão do regime.
O governante Díaz-Canel agradeceu "aos músicos consagrados que cantam ao heroísmo" em uma publicação em sua conta no X.
"E à AHS pelo seu inspirador 'Amanece el Nuevo Año'. Essa é a Cuba de 2025, orgulhosamente desafiadora e unida. Invencível. Viraliza", escreveu.
Perguntas Frequentes sobre a Canção "Aqui não há marcha atrás" e a Situação em Cuba
O que é a canção "Aqui não há marcha atrás" e por que é polêmica?
"Aquí no hay marcha atrás" é uma canção escrita por Arnaldo Rodríguez, que exalta a vida em Cuba com apagões e cozinhas de lenha. A canção gerou polêmica por repetir conceitos de propaganda comunista, como "unidade" e "soberania", enquanto o país enfrenta uma severa crise energética e econômica.
Quem participa na canção "Aqui não há marcha atrás"?
A canção conta com a participação de vários artistas oficialistas cubanos, como Mayito Rivera, Osdalgia Lesmes, Roly Avalos, e outros grupos como o Coro Entrevoces e a banda Habana Steel Band.
Como a população cubana tem respondido à mensagem da canção?
A população reagiu com ceticismo e descontentamento, criticando a desconexão da mensagem com a realidade que vivem os cubanos, marcada por apagões, escassez e uma grave crise econômica. Muitos interpretam a canção como uma tentativa de propaganda que ignora as verdadeiras necessidades do povo.
O que disse Díaz-Canel sobre a canção "Aqui não há marcha atrás"?
Díaz-Canel agradeceu aos músicos por cantarem sobre o "heroísmo" na canção, descrevendo-a como um reflexo de Cuba em 2025, orgulhosamente desafiadora e unida. Seu apoio reforça a percepção de que o governo utiliza essas expressões artísticas para promover sua retórica oficialista.
Como a canção se relaciona com a situação atual de Cuba?
A canção é lançada em um contexto de profunda crise energética e econômica em Cuba, onde as quedas de energia e a escassez de recursos fazem parte da vida cotidiana. Apesar das afirmações de resistência e unidade promovidas na canção, a realidade é que muitos cubanos sentem que sua situação só piora.
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