Em meio a uma complexa crise energética, o governo cubano recebeu no domingo uma doação da China, composta por peças, acessórios e equipamentos tecnológicos para apoiar a recuperação da geração distribuída do sistema elétrico nacional.
A carga inclui mais de 15 toneladas de recursos essenciais que representam um paliativo na reparação e manutenção de geradores distribuídos por toda a ilha, atualmente afetada por uma grave crise energética, informou o meio oficialista Granma.
O embaixador chinês em Cuba, Hua Xin, destacou na cerimônia de recepção, realizada no Aeroporto Internacional José Martí, que esta é a segunda entrega de um pacote de assistências do país asiático a Cuba este ano.
Segundo o Cubadebate, esses equipamentos fazem parte dos acordos alcançados na recente visita de altos funcionários cubanos a Pequim, onde foi reafirmada a cooperação bilateral em várias áreas estratégicas.
A crise energética em Cuba se intensificou nos últimos meses, com apagões que afetam grande parte da população.
O país tem enfrentado apagões gerais em menos de dois meses, o que gerou críticas à gestão governamental e evidenciou a fragilidade e obsolescência do sistema elétrico cubano.
A falta de investimento em infraestrutura, a dependência de combustíveis fósseis importados e as sanções econômicas têm contribuído para o deterioramento do sistema elétrico.
Recentemente, o governo cubano apresentou um "plano milagroso" para acabar com os apagões antes de junho de 2025. Este plano inclui medidas como a reabilitação de geradores e a construção de novas usinas, mas enfrenta ceticismo devido à falta de recursos e à prolongada obsolescência do sistema elétrico.
O governante Miguel Díaz-Canel prometeu "acabar com os apagões" e demonstrou confiança de que este plano supostamente começará a trazer resultados em 2025.
Outra medida foi a designação do veterano político Ramiro Valdés para liderar o programa de enfrentamento da crise energética.
Valdés, uma figura controversa, é conhecida por seu papel em projetos anteriores que não conseguiram resolver problemas estruturais. Sua nomeação foi recebida com ceticismo, especialmente por setores que criticam a falta de uma abordagem técnica e inovadora nas estratégias do governo.
Este donativo da China representa um alívio temporário e fortalece os laços estratégicos entre os dois países. No entanto, é evidente que são necessárias soluções estruturais a longo prazo, incluindo um aumento do investimento em energias renováveis e uma gestão mais eficiente do sistema elétrico, para superar a crise energética que afeta a ilha.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba e a doação da China
Que tipo de ajuda Cuba recebeu da China para enfrentar a crise energética?
Cuba recebeu uma doação de mais de 15 toneladas de peças, acessórios e equipamentos tecnológicos da China, destinados à recuperação da geração distribuída do sistema elétrico nacional. Esta ajuda visa apoiar a reparação e manutenção de geradores distribuídos por toda a ilha.
Como a crise energética afeta a população cubana?
A crise energética provocou apagões generalizados que afetam grande parte da população cubana, complicando a vida cotidiana e gerando descontentamento devido à falta de respostas concretas por parte do governo. O deterioro do sistema elétrico evidenciou a necessidade de um investimento significativo em infraestrutura.
Quais são as principais causas da crise energética em Cuba?
A crise energética em Cuba deve-se à falta de investimento em infraestrutura, à dependência de combustíveis fósseis importados e às sanções econômicas. Esses fatores têm contribuído para o deterioro do sistema elétrico, que agora enfrenta cortes frequentes e prolongados de eletricidade.
Quais medidas o governo cubano anunciou para resolver a crise energética?
O governo cubano apresentou um "plano milagroso" para acabar com os apagões antes de junho de 2025, que inclui a reabilitação de geradores e a construção de novas usinas. No entanto, esse plano enfrenta ceticismo devido à falta de recursos e à obsolescência prolongada do sistema elétrico.
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