Díaz-Canel reconhece que o governo e os meios de comunicação oficiais estão "desaprovados" nas redes sociais

Díaz-Canel culpou o sistema de comunicação política e institucional por apresentar as novas normas sem as informações completas ou sem a devida explicação.

Ilustración no real de Miguel Díaz-Canel © CiberCuba
Ilustração não real de Miguel Díaz-CanelFoto © CiberCuba

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O governante cubano Miguel Díaz-Canel reconheceu na Assembleia Nacional do Poder Popular que os meios de comunicação oficiais estão "desaprovados" nas redes sociais devido às suas falhas e omissões na divulgação da informação.

Em seu discurso, culpou o sistema de comunicação política e institucional pelos erros cometidos na implementação de novas normas, uma vez que muitas vezes as apresentam sem as informações completas ou não são devidamente explicadas.

"Como servidores públicos, temos o dever, a responsabilidade e o compromisso com o povo de explicar a origem, a motivação e os objetivos de cada decisão ou norma", sublinhou.

O dirigente acrescentou que essas omissões favorecem as "distorções e mentiras dos meios associados à contrarrevolução" e que isso acaba por contaminar a opinião pública nacional com mensagens "tóxicas" na Internet.

"Qual é o papel dos grupos de comunicação das instituições se se limitam a ser meros tramitadores de documentos, muitas vezes intraduzíveis para a linguagem comum? Por que nossos meios se contentam em reproduzir a letra da lei sem explicar seus propósitos?", questionou.

"Ainda são muito poucos os que utilizam seus espaços para ampliar a informação, ou muito pouco amplificados pelos próprios meios. Continuamos desaprovados nessa disciplina crucial para nosso tempo", ressaltou.

Díaz-Canel continua obcecado com uma suposta campanha contra a revolução na Internet e não perdeu a oportunidade de atacar seus compatriotas que o criticam nas redes sociais.

Segundo ele, já não é possível navegar na rede sem se deparar com uma avalanche de obscenidades, insultos, ofensas e mentiras, criadas para denegrir aqueles que ocupam algum cargo.

"É vergonhoso ver cubanos e cubanas, nascidos, crescidos e preparados profissionalmente aqui, destilando ódio, raiva e desprezo contra a nação que os formou, como se se sentissem parte do norte conturbado e brutal que os menospreza", afirmou.

"Sim, nos menosprezam, sim, nos intoxicam de forma vulgar, obscena e loaded de ódios nas redes sociais", afirmou em outro momento de sua intervenção.

Perguntas Frequentes sobre as Declarações de Díaz-Canel e o Descontentamento em Cuba

Por que Díaz-Canel critica os cubanos que o criticam nas redes sociais?

Miguel Díaz-Canel acusa seus críticos nas redes sociais de fazerem parte de uma campanha contra a revolução. Em suas declarações, expressou sentir vergonha por aqueles cubanos que, segundo ele, destilam ódio e desprezo pela nação que os formou, atribuindo essas críticas a uma manipulação externa e a um suposto desdém por parte dos Estados Unidos.

Como Díaz-Canel tem respondido às protestas pelos apagões em Cuba?

Díaz-Canel respondeu às protestas com ameaças de repressão e qualificativos depreciativos. Ele se referiu aos manifestantes como "bebados e indecentes" e advertiu que o governo usará "mão pesada" para reprimir qualquer ato que perturbe a tranquilidade pública, segundo suas próprias palavras.

Quais críticas o governo de Díaz-Canel enfrenta em relação à comunicação oficial?

Díaz-Canel reconheceu que os meios oficiais estão "desaprovados" nas redes sociais devido à falta de explicações claras sobre as normas e decisões do governo. Ele criticou que os meios se restrinjam a reproduzir a letra da lei sem explicar seus propósitos, o que favorece as "distorções e mentiras" da mídia oposicionista e gera descontentamento na população.

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