Uma grave denúncia de agressão ganhou destaque nas redes sociais nas últimas horas, depois que testemunhas relataram que uma mãe com a filha nos braços foi vítima de maus-tratos físicos e verbais em um ônibus do transporte público na capital cubana.
De acordo com a publicação da usuária Rocío Blanco no grupo do Facebook "MADRES CUBANAS POR UN MUNDO MEJOR", o incidente ocorreu por volta das 10h20 deste sábado, enquanto viajavam a bordo do ônibus da linha P9.
Blanco relatou que o agressor, aparentemente sob efeito de álcool, empurrou a mulher depois que ela se afastou devido ao comportamento inapropriado do homem, que se aproximou dela de maneira incômoda.
A mãe, em uma tentativa de buscar proteção, ligou para a polícia para denunciar o que aconteceu e solicitar assistência. No entanto, de acordo com seu testemunho, a patrulha nunca chegou, apesar de que o ônibus seguiu várias quadras desde o ponto inicial do incidente.
"O homem chegou a ameaçar atirar o telefone na cara dela quando ela tentava fazer a ligação", escreveu Blanco. Segundo o relato, o agressor desceu do veículo após ser confrontado por outros passageiros.
A publicação inclui um vídeo e uma fotografia do homem identificado, além de um alerta de que ele se apresentou como guia turístico, sugerindo que possa representar um risco para aqueles que necessitam de seus serviços.
O caso gerou uma forte onda de indignação nas redes sociais, reabrindo o debate sobre a falta de segurança nos espaços públicos, especialmente para mulheres e mães em situações vulneráveis.
"É lamentável que, com tudo que estamos sofrendo, os cubanos, especialmente as mães que lutam constantemente para alimentar seus filhos, ainda tenhamos que aguentar pessoas assim", escreveu uma usuária na seção de comentários.
A falta de resposta da polícia também tem sido duramente criticada, ressaltando a percepção de ineficácia no atendimento a emergências em situações de violência no transporte público.
"A PNR em Cuba é por conveniência, só aparecem quando lhes convém, é algo comum nos tempos que estamos vivendo," comentou outra pessoa.
Até o momento, não se sabe se a polícia prendeu este homem, nem foi divulgada uma resposta oficial das autoridades sobre o ocorrido.
Perguntas frequentes sobre a segurança no transporte público em Cuba
O que aconteceu no incidente do ônibus em Havana com a mãe e sua filha?
Uma mãe com sua filha nos braços foi agredida física e verbalmente por um homem aparentemente sob o efeito do álcool em um ônibus da rota P9 em Havana. Apesar de a mãe ter tentado contatar a polícia para denunciar o incidente, a patrulha nunca chegou. O agressor desceu do veículo após ser confrontado por outros passageiros, mas não se sabe se foi detido posteriormente.
Por que a falta de resposta da polícia gera tanta indignação em Cuba?
A ineficácia policial em atender emergências e casos de violência é um problema recorrente em Cuba, como se evidencia no caso da mãe agredida no ônibus. Esse tipo de situação gera uma percepção de insegurança e abandono, especialmente para mulheres e pessoas em situações vulneráveis. As críticas à polícia cubana se concentram na sua falta de ação e sensibilidade diante desses casos.
Que outros incidentes recentes ocorreram no transporte público cubano?
Recentemente, foram relatados vários incidentes no transporte público cubano, incluindo a recusa de um motorista em transportar uma idosa doente e outro caso em que um motorista ajudou uma jovem desmaiada, levando-a a um centro de saúde. Esses eventos refletem a dualidade de atitudes entre os profissionais do transporte público, que vão desde gestos de solidariedade até demonstrações de insensibilidade.
Qual é a situação atual do transporte público em Cuba?
O transporte público em Cuba enfrenta múltiplos desafios, como a falta crônica de combustível, veículos em mau estado e longas esperas para os usuários. Esses problemas refletem uma crise econômica generalizada e uma gestão estatal deficiente, que afeta diariamente os cidadãos que dependem desse serviço para seus deslocamentos.
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