Cubano nos EUA explode contra aqueles que vão à ilha para especular: "Você não é ninguém aqui e lá se sente alguém."

"Há muitos que vão ver a família, mas há muitos que só vão especular, fazer-se de dificultosos."


Quando se trata de viajar para Cuba, as malas costumam contar uma história: quem leva o mínimo para aproveitar as libras com coisas para sua família? Quem prioriza usar roupas caras e passear? Essas perguntas foram o gatilho para um desabafo explosivo por parte de Lachiwow, um cubano radicado nos Estados Unidos, que não se conteve ao falar sobre as atitudes de alguns ao retornar à Ilha.

“Eu só levo três shorts, três camisetas e três cuecas. Todo o resto é mercadoria para a minha família,” começou dizendo no vídeo. Mas sua frustração ia além: “Você vê as pessoas bem vestidas, com casacos e roupas caras, passeando por Havana como se fossem modelos. E eu me pergunto: para que vão, ver a família ou especular? Porque eu não tenho espaço nem para as minhas roupas, tudo é para os meus.”

Lachiwow, conhecido no TikTok como @lachiwow, questionou duramente o que considera um desvio do objetivo principal dessas viagens: estar com os entes queridos. “Tem muitos que mal fazem uma parada em casa. Passam o tempo pagando cervejas para todo mundo ou passeando com homens e mulheres para que os vejam como se fossem alguém. Por que não fazem isso aqui? Porque em Cuba você se sente importante, lá é onde você realmente se sente alguém.”

O vídeo provocou uma avalanche de comentários de pessoas que compartilharam experiências semelhantes, enquanto outros divergiram. Uma usuária escreveu: “Eu faço do mesmo jeito, levo três leggings e três pulôveres, o resto é para a minha família.” Outro acrescentou: “Minha mala parece um mercado, vou com feijão, ervilhas e doces. E a minha roupa? Uso a da minha mãe lá.” Outros destacaram os sacrifícios que fazem para dar mais aos seus: “Nem a escova de dentes cabe, deixo tudo para eles”; “Viajo com dois panos e lavo a mesma roupa todos os dias”; e “Toda vez que vou, deixo toda a minha roupa lá para não ter que carregar na próxima vez.”

No entanto, não faltaram críticas à postura de Lachiwow. “Quem pode, pode. Se alguém quer passear ou aproveitar, que o faça. Cada um viaja como quer”, comentou um seguidor. Outra pessoa escreveu: “Eu levo o meu e para a minha família também. Há espaço para ambas as coisas”.

Apesar das diferenças de opinião, muitos concordaram que a família continua sendo o mais importante. "Diga-me com o que especulas e eu te direi do que careces", escreveu alguém, resumindo o sentimento de vários seguidores. Outra pessoa acrescentou: "Os que mais especulam são os que têm a família em pior situação lá. A prioridade deveria ser clara."

Perguntas frequentes sobre as viagens de cubanos a Cuba e o envio de ajuda

Por que alguns cubanos nos EUA criticam aqueles que viajam a Cuba para "especular"?

Alguns cubanos criticam aqueles que viajam a Cuba para "especular", pois consideram que isso desvia do propósito principal da viagem, que é visitar a família e apoiá-los. A crítica se concentra naqueles que priorizam exibir luxo e desfrute pessoal em detrimento do bem-estar de seus entes queridos na ilha. Esse comportamento é visto como uma forma de buscar status e reconhecimento, sem levar em conta as necessidades familiares.

O que pensam os cubanos nos EUA sobre as expectativas de ajuda econômica de seus familiares em Cuba?

Muitos cubanos nos EUA sentem uma pressão constante para enviar ajuda econômica, o que pode gerar frustração e estresse. Alguns acreditam que as expectativas de seus familiares são irreais e não consideram as dificuldades que enfrentam no exterior. Essa situação frequentemente leva a tensões familiares, já que se percebe que os emigrados são uma fonte inagotável de recursos, sem reconhecer o esforço e o sacrifício que isso implica.

Por que os cubanos no exterior sentem a necessidade de enviar pacotes para suas famílias em Cuba?

Os cubanos no exterior sentem a necessidade de enviar pacotes para suas famílias em Cuba, garantindo que não faltem o básico em meio à escassez na ilha. Apesar das críticas recebidas, eles priorizam o bem-estar de seus entes queridos e buscam aliviar as dificuldades econômicas que enfrentam em Cuba. Isso reflete um compromisso emocional e uma forma de apoiar a família à distância.

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