Visto para sentença no julgamento contra o assassino de um jovem em Santiago de Cuba

O julgamento pelo crime do jovem, que recebeu 20 facadas, é marcado por denúncias de manipulação em favor do acusado. A sentença será divulgada no dia 21 de janeiro.

Rafael Montero Llópiz con su niño © Facebook / Rafael Montero Llópiz
Rafael Montero Llópiz com seu filhoFoto © Facebook / Rafael Montero Llópiz

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O julgamento pelo assassinato do jovem Rafael Montero Llópiz, que foi esfaqueado em março passado, ocorreu na quarta-feira no município de San Luis, Santiago de Cuba, em meio a denúncias de que o processo está sendo manipulado para favorecer o criminoso.

Segundo informou no Facebook o jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada, na audiência compareceu o irmão do assassino, que estava na posse das facas com as quais o ato foi cometido e que presumivelmente também participou. Apesar disso, ele compareceu apenas na qualidade de testemunha do irmão.

No entanto, por parte da vítima, alguns testemunhas foram excluídos.

Mayeta Labrada lembrou que Rafael foi vilmente assassinado com mais de 20 facadas no corpo.

Os familiares que compareceram ao tribunal relataram que os advogados do agressor afirmaram que em San Luis ocorreram incidentes mais sangrentos do que este, considerando, portanto, excessivo o pedido de 28 anos de pena. A advogada tentou minimizar as ações do homicida, dizendo que o jovem abatido não escapou da cena "porque não quis".

Captura do Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

A sentença será divulgada no próximo dia 21 de janeiro.

"Muitos alegam que o julgamento foi manipulado e, presumivelmente, a pena será reduzida a menos de 20 anos, deixando isso sem consolo para os familiares que choram a perda de seu ente querido", comentou Mayeta.

"Não pode ser que a vida de um ser humano valha menos que a de um cavalo, e que um assassino cumpra menos anos do que um ladrão, que um matador de cavalos ou que qualquer pessoa que saiu e gritou nas ruas slogans contra o regime", enfatizou.

Um jovem pai residente no município de San Luis, em Santiago de Cuba, foi assassinado a facadas na quinta-feira durante uma discussão.

Rafael Montero Llópiz tinha 29 anos e era pai de um menino de três anos.

Segundo revelou Mayeta no momento do ocorrido, ela estava consumindo bebidas alcoólicas com outras pessoas do bairro La Granja e saiu discutindo com um rapaz da região. De repente, veio o irmão do envolvido na disputa e lhe acertou duas facadas pelas costas.

Após cometer o ato, o autor se entregou à polícia.

Perguntas frequentes sobre o julgamento por assassinato em Santiago de Cuba

O que se sabe sobre o julgamento pelo assassinato de Rafael Montero Llópiz em Santiago de Cuba?

O julgamento pelo assassinato de Rafael Montero Llópiz ocorreu em San Luis, Santiago de Cuba, cercado de acusações de manipulação em benefício do réu. O processo tem sido criticado pela exclusão de testemunhas da vítima e pela presença do irmão do assassino, que poderia ter participado do crime, como testemunha em vez de réu.

Qual é a expectativa da pena para o assassino de Rafael Montero Llópiz?

Embora inicialmente se solicitassem 28 anos de condena, há a preocupação de que a sentença seja reduzida para menos de 20 anos, o que gerou indignação entre os familiares da vítima e a comunidade. A sentença será anunciada no dia 21 de janeiro.

Como a comunidade reagiu ao julgamento pelo assassinato de Rafael Montero Llópiz?

A comunidade e os familiares de Rafael Montero Llópiz expressaram sua indignação e descontentamento com a condução do julgamento, considerando que está manipulado para favorecer o acusado. A percepção é de que a justiça não está sendo aplicada corretamente, o que tem aumentado a frustração e o sentimento de insegurança na região.

Qual é o impacto deste caso na percepção de segurança em Cuba?

Este caso, junto com outros incidentes violentos no país, reflete uma crescente onda de violência e insegurança em Cuba. Apesar das afirmações oficiais sobre o sucesso na resolução de crimes, a percepção de insegurança entre a população continua a aumentar, agravada pela crise econômica e pela falta de confiança no sistema judicial.

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